Laudo pericial contradiz versão do namorado sobre jovem morta com tiro no olho

Segundo a Polícia Civil, o suspeito alegou que tentou impedir um suicídio da namorada e acabou disparando acidentalmente contra o rosto dela. Laudo aponta tiro proposital

Por Rayfran Junior,

Um laudo pericial sobre a morte de Maria Luíza Oliveira, de 19 anos, revelou que o tiro que a matou, foi disparado com uma certa distância, contradizendo a versão apresentada pelo namorado da vítima, Dilberto Vieira. A jovem foi assassinada com um tiro no olho no dia 15 de julho, dentro da kitnet onde morava com Dilberto, no bairro Matinha, Zona Norte de Teresina.

Foto: ReproduçãoDilberto Vieira da Silva matou a namorada com um tiro no olho esquerdo
Dilberto Vieira da Silva matou a namorada com um tiro no olho esquerdo

Dilberto afirmou à Polícia que o tiro foi acidental e ocorreu quando ele tentou retirar a arma das mãos de Maria Luíza. No entanto, a perícia concluiu que o disparo não poderia ter acontecido da forma descrita por ele.

De acordo com a delegada Nathália Figueiredo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os médicos legistas não encontraram sinais de um tiro disparado próximo ao rosto de Maria Luíza. “O médico legista atestou que o tiro foi realizado a longa distância, pois não havia no corpo da vítima os efeitos secundários de um disparo de arma de fogo. Ele também apontou que, se o disparo tivesse sido feito da forma como o autor relatou, teria havido chamuscamento na região do supercílio, já que o tiro foi na região dos olhos”, explicou a delegada.

Agora, com a conclusão do laudo, Dilberto Vieira foi indiciado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado por feminicídio, por motivo torpe e sem chance de defesa da vítima, por fraude processual (tentativa de atrapalhar a investigação com versão mentirosa), por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. 

Fonte: Portal AZ

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