Caso Vitória: adolescente foi abusada por mais de um homem antes de ser morta
Até o momento, Maicol Antonio Sales dos Santos é o único suspeito preso. Outros dois suspeitos do crime estão foragidos
A jovem Vitória Regina de Sousa, encontrada morta em Cajamar, na Grande São Paulo, antes de ser morta, foi estuprada por mais de um homem, segundo aponta um laudo necroscópico preliminar. A informação foi revelada pelo SBT, que teve acesso ao documento nesta quarta-feira (12). Além disso, no documento é revelado que a adolescente foi torturada por cerca de 48 horas antes de ser assassinada.

O corpo da jovem, que estava desaparecida há uma semana, foi localizado com sinais de extrema violência, como cabelos raspados, degolada e com três ferimentos de faca, um no tórax, um no pescoço e um no rosto. De acordo com os peritos, as facadas teriam sido desferidas após a morte da vítima.
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O exame ainda indica que Vitória pode ter sido dopada durante o tempo em que esteve em poder dos criminosos. A suspeita é que os sequestradores a forçaram a ingerir entorpecentes enquanto a mantinham em cativeiro.
Mensagens no celular revelam planejamento do crime
A investigação policial já começou a analisar os celulares dos suspeitos, e os primeiros indícios apontam para um planejamento detalhado do assassinato. No aparelho de Maicol Antonio Sales dos Santos, único preso até o momento, a polícia encontrou uma pesquisa na internet sobre "como limpar cena de crime". Além disso, vestígios de sangue foram identificados no banheiro da casa do suspeito.
Durante interrogatório, Maicol negou participação no crime, mas teria fornecido à polícia nomes de outros suspeitos. "Não vou pagar sozinho", teria dito o homem, que chorou ao prestar depoimento.
O caso segue sendo investigado para identificar todos os envolvidos na morte da adolescente.
Quem são os principais suspeitos apontados pela polícia até o momento?
Até o momento, três principais suspeitos são Maicol Antonio Sales dos Santos, Gustavo Vinicius Moraes, que é ex-namorado de Vitória, e Daniel, um vizinho da vítima e que tinha um caso com Gustavo Vinicius.
Maicol Antonio Sales dos Santos, que já está preso preventivamente, é um dos principais focos da Polícia. Ele é acusado de ter sido o dono de um carro prata que foi visto próximo à cena do crime. Durante as diligências, a polícia encontrou vestígios de sangue e um fio de cabelo no porta-malas do veículo, que foram enviados para análise de DNA. Embora as suspeitas apontem para a possibilidade de o material ser da vítima, a confirmação oficial só deve sair em 30 a 40 dias, com o resultado do laudo.
O diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo, Luiz Carlos do Carmo, afirmou que a investigação conta com fortes provas testemunhais contra Maicol, incluindo relatos de movimentação suspeita na noite do crime, com gritos e ameaças. A esposa de Maicol contradisse a versão dada por ele, alegando que ele não estava em casa na noite do crime, como ele havia afirmado em depoimento. Além disso, 10 celulares foram apreendidos, e aguardam perícia, o que pode fornecer mais informações sobre o caso.
Gustavo Vinicius Moraes, de 26 anos, ex-namorado de Vitória, se apresentou voluntariamente à delegacia, alegando medo de represálias. Embora tenha negado qualquer envolvimento, a polícia passou a investigá-lo após inconsistências no depoimento. Apesar de um pedido de prisão temporária, a Justiça negou a prisão, mas ele continua sendo investigado.
Por fim, Daniel, um vizinho da vítima, também é investigado. Ele entrou no radar da polícia devido a um suposto relacionamento íntimo com Gustavo e ao fato de ter filmado o trajeto que Vitória costumava fazer entre o ponto de ônibus e sua casa. Daniel negou envolvimento no crime e alegou que os vídeos não tinham a intenção de monitorar a vítima.
Fonte: Com informações do SBT