Supremo Tribunal da Venezuela ratifica vitória de Nicolás Maduro

O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela confirmou oficialmente a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais realizadas em 28 de julho. A decisão, anunciada pela presidente do tribunal, Caryslia Rodriguez, assegura o apoio institucional ao atual governo e ao partido no poder, consolidando o resultado em meio a um cenário de tensões políticas e sociais no país.

Foto: Federico Parra/AFP

Nicolás Maduro, reeleito presidente da Venezuela

A presidente do tribunal destacou que a revisão dos documentos da autoridade eleitoral confirmou que Maduro obteve a maioria dos votos, embora os números completos não tenham sido divulgados publicamente. Rodriguez afirmou que a decisão do Supremo Tribunal é definitiva e não está sujeita a apelações, encerrando formalmente qualquer contestação judicial ao resultado eleitoral.

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Desde a realização das eleições, o governo de Maduro tem enfrentado críticas intensas por parte da oposição, grupos de direitos humanos e sindicatos, que alegam uma repressão crescente ao dissenso. Entre as medidas tomadas pelo governo, destacam-se as prisões de figuras da oposição e manifestantes, além de uma investigação que acusa líderes oposicionistas de incitar os militares a cometerem crimes. Também foi aprovada uma nova legislação que endurece as regras para o funcionamento de ONGs no país, e funcionários estatais foram pressionados a renunciar caso tivessem demonstrado apoio a pontos de vista contrários ao governo.

Durante o pronunciamento em que confirmou a vitória de Maduro, a presidente do Supremo Tribunal criticou Edmundo González, sem fornecer detalhes adicionais sobre o conteúdo ou a natureza das críticas. Esse episódio ocorre em um contexto onde as ações do governo são amplamente debatidas, tanto dentro quanto fora da Venezuela.

A eleição de julho foi marcada por protestos, alguns dos quais resultaram em mortes, exacerbando a polarização política no país. Enquanto o governo Maduro sustenta a legitimidade do processo eleitoral, a oposição e setores da sociedade civil continuam a expressar preocupações sobre a liberdade e a transparência das eleições, em meio a uma atmosfera de crescente controle governamental.

Fonte: CNN Brasil