Em artigo na Folha, Ciro posiciona o centrão dentro do conservadorismo

Para Senador, o centro nunca foi protagonista, mas sempre decisivo

Por José Ribas,

Em artigo publicado no Jornal Folha de São Paulo desta quarta-feira (4), o senador pelo Piauí e líder do centrão, Ciro Nogueira, posicionou a linha política alheia a direita e a esquerda, mas dentro do espectro do conservadorismo no projeto nacional.

Foto: ReproduçãoArtigo publicado no Jornal Folha de São Paulo
Artigo publicado no Jornal Folha de São Paulo

Ciro afirma que o país passou por momentos de extremismo e que a ideologia é uma toxina da razão, fala influenciada pelo pensamento de Eric Voegelin, pensador alemão que deu luz ao conservadorismo nas terras americanas após escapa do regime nazista.

O senador afirma que dentro da historicidade política a tendência foi que sempre houvesse dois polos antagônicos discutindo ou mesmo brigando pelo monopólio da razão e por isso mesmo da dominação, mas o centro manifesta sempre neste ínterim as forças da ordem com justiça e do progresso sem revolução.

Não apenas moeda de peso, mas o centro político é, segundo Ciro, conservador e anti-reacionário. 

E neste sentido dirá o pensador português João Pereira Coutinho em seu livro Ideias Conservadoras, que o ‘conservadorismo não existe. Existem conservadorismos, no plural, porque plurais foram as diferentes expressões da ideologia no tempo e espaço’, mas para bem da verdade essas expressões são sempre as manifestações dos valores perenes e das crenças que mantém o ethos nacional, os valores que unem e conservam a sociedade.

E para Ciro, tanto a esquerda com Lula e a direita com Bolsonaro, em busca da governabilidade precisaram deixar de lado o radicalismo histórico e abraçar a moderação como virtude cardeal daqueles que sentam no executivo.

Arremata ainda o senador piauiense na esteira de Eric Voegelin que a direita, assim como a esquerda não tem monopólio da razão e não são por isso mesmo ungidos, ou como escreverá Voegelin, não são os doutos que manifestam a realidade em si ou a mente do próprio Deus. São gnósticos que adentram uma falsa realidade, uma segunda realidade e de lá podem se perder entre erros e barbares.

Fonte: Portal AZ

Comente

Pequisar