Maternidade Evangelina Rosa fechada e o diretor batendo pernas em Paris
O Portal AZ tentou localizar o gestor, mas o seu telefone celular encontrava-se fora de área
Só agora se sabe que o diretor da Maternidade Dona Evangelina Rosa, Francisco Macêdo, já se encontrava passeando pela Europa antes da intervenção parcial do Conselho Regional de Medicina no local. As repostas para a questão da intervenção foram dadas pela assessoria de Macêdo, que reconheceu que o fechamento parcial do atendimento no local ocorreu de forma abrupta.
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O diretor da Maternidade Dona Evangelina Rosa, Francisco Macêdo (Foto: Divulgação)
A assessoria informou que essa a “interdição aconteceu de maneira abrupta, sem nem mesmo o secretário de Saúde [Florentino Neto] ser avisado”. “Então, não foi uma coisa conversada, até mesmo para que a regulação municipal e a estadual se mobilizassem. Inclusive, foi na ausência do diretor [Francisco Macêdo], que está viajando”, acrescentou.
Já o secretário do Estado de Saúde, Florentino Neto, informou que “a maternidade continua aberta atendendo os casos de alto risco, que é a competência primeira”.
“O baixo e o médio risco, que são hoje as principais causas de lotação e do comprometimento da maternidade, estão sendo atendidos pelas maternidades municipais. Mas tivemos conversa com o CRM e o Ministério Público e estamos construindo entendimento para que a maternidade volte a atender também o baixo e o médio risco”, acrescentou Florentino.
Florentino Neto durante participação no Café com Informação (Foto: Portal AZ)
O Portal AZ tentou localizar o diretor da maternidade, ex-prefeito de Bocaina, conhecido como Chico Mala Velha, mas o seu telefone celular encontrava-se fora de área. Uma assessora da secretaria de Saúde informou que, nesta tarde de quinta-feira, ele se encontrava precisamente em Paris.
Interdição
O Conselho Regional de Medicina promoveu uma interdição parcial na Maternidade Dona Evangelina Rosa nesta terça-feira (20) depois de constatado o aumento da mortalidade neonatal e mortes de mães por infecção hospitalar no local.
Com a interdição, a unidade hospitalar da maternidade atenderá somente casos de alta complexidade. Casos de média e baixa complexidade serão encaminhados para maternidades municipais.