Vendas por WhatsApp ajudam empresas a amenizar crise durante pandemia

O aplicativo possui mais de 120 milhões de usuários individuais no Brasil, seu segundo maior mercado, atrás da Índia

Por Metrópoles,

Quem ainda não se pegou procurando o WhatsApp de uma determinada loja, em biusca daquela compra desejada, especialmente agora nesta pandemia do novo coronavírus? Pois bem, esse aplicativo, além de ser uma rede social, também tem servido como uma poderosa ferramenta em transações comerciais, principalmente em tempos de disnatciamento social.

Vendas por WhatsApp ajudam empresas a amenizar crise durante pandemia (Foto:Pixabay)

Para quem deseja alavancar as suas vendas, o WhatsApp se apresenta como um excelente caminho. O aplicativo possui mais de 120 milhões de usuários individuais só no Brasil, seu segundo maior mercado, atrás da Índia.

Segundo um estudo da Dunnhumby, empresa global de ciência de dados do cliente, que ouviu mais de 1.100 brasileiros, o percentual de usuários que realizaram transações pelo aplicativo cresceu em 31% durante esses meses de pandemia.

“Se não fossem as vendas pelo WhatsApp, teria que dispensar os meus funcionários. Como eu os manteria com o faturamento zero?”, questiona Fabiano Coser, sócio e administrador da clínica de estética Faccino, localizada no bairro Sudoeste, em Brasília (DF). Ele afirma que, graças a essas vendas virtuais, conseguiu se livrar da crise imposta pelo coronavírus.

Coronavírus e a explosão do e-commerce no cenário nacional
Com sua clínica fechada desde o dia 17 de março até 7 de julho, Coser diz que fez cálculos e percebeu que conseguiu apurar 30% do que foi vendido no mesmo período do ano passado. Se comparados com outras empresas do ramo que tiveram que fechar as portas, esses dados são bem positivos.

WhatsApp Marketing

O empresário conta que hoje o WhatsApp é a sua principal ferramenta de venda. “Logo que abrimos a clínica, há 3 anos, fizemos Instagram e posts patrocinados, mas descobrimos que não é tão simples vender em redes sociais. Então, de um ano e meio para cá, investimos no WhatsApp e, a partir da Black Friday, compramos um programa de WhatsApp Marketing, o que facilitou muito, já que percebi que quando usamos a rede de transmissão normal só as pessoas que têm o seu contato salvo recebem mensagens”.

Outro ponto positivo que Fabiano Coser lista é a interatividade: “Cadastrei todos os cleintes que tinham ficha na clínica e converso com eles uma vez no mês. E o cliente também faz tudo pelo aplicativo: paga, cancela e marca consulta”, explica.

Para otimizar o tempo no estabelecimento, o empresário diz que muitos clientes fazem uma vídeochamada e só vão na clínica para realizar o tratamento.

Grandes empresas, como as lojas de departamentos Renner, também decidiram acelerar o seu processo de transformação digital durante o período de isolamento. “A venda pelo aplicativo WhatsApp estava planejada inicialmente para 2021. Porém, a modalidade foi desenvolvida e colocada em funcionamento em cerca de uma semana, logo após o início da pandemia de Covid-19”, diz a assessoria de comunicação da rede.

Maior conforto

Para a Renner, esse serviço é voltado a o público que se sente mais confortável em interagir com um atendente. “Ao mandar mensagem para o número disponível no site e Instagram da Renner, o cliente é atendido por um chat bot que pergunta a sua localização e, por meio de inteligência artificial, o direciona para o atendimento da loja mais próxima de sua residência. A partir desse momento, basta o consumidor escrever o que está procurando para iniciar a conversa”, afirma a Renner, em nota enviada ao Metrópoles.

A empresa ressalta ainda quem desde o lançamento do serviço, em abril, as vendas pela modalidade já quadruplicaram.

O pagamento

E na hora do pagamento, como fazê-lo também à distância? A forma mais comum quando se trata de compras pelo WhatsApp acaba sendo os cartões de crédito ou débito, a partir de um link enviado por meio do aplicativo de mensagens.

E números registrados pela Cielo, empresa brasileira de serviços financeiros, confirmam o sucesso nas vendas. O Super Link, lançado há mais de dois anos pela empresa, teve um aumento em sua base de clientes ativos, entre março e agosto, da ordem de 825%. O volume transacionado nesse período, a partir desse meio de pagamento, cresceu 677%.

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