Água de presente
Como se faz mercancia de uma obrigação pública! Um certo Mariozan, aos delírios, aparece no instagran anunciando que conseguiu com a deputada Ana Paula, dois caminhões pipas para levar água à população de Monsenhor Hipólito.
Obrigação de fazer
O detalhe sórdido: a deputada não é do setor que trata do assunto, no caso a Secretaria de Defesa Civil, mas ela própria mostrou em sua fala, que se não fosse ela, a obrigação do fazer dever da secretaria não seria feita. Portanto, se trata de “um presente” da deputada para o povo sofrido.
Fazendo favor
Ana Paula deixa claro ali que está fazendo favor para o Mariozan da camisa colorida e esse estufa o bucho dizendo que agora o povo da cidade terá “água potável”.
Água de barreiro é potável?
A traição 1
Dr Pessoa que se cuide, porque traição pesada ele ainda não começou a receber. Mas vai. E muita. Quando a canoa furada em que ele está metido fizer mais água, ratos haverão de deixá-la mais que depressa para salvar a própria pele.
Alguns farão algo mais discreto: ficam no barco, mais para salvar a si que para salvar o prefeito.
A traição 2
Há quem diga que tem uma turma grande na prefeitura que não vai aderir com cara deslavada, mas vai pular para o barco de Silvio Mendes.
Adesão em política se malfeita, se mal explicada, se feita fora do tempo devido, pune o traidor e não rende nada para o beneficiário da traição.
Atentai bem para o inferno que vive certa deputada estadual de espessas sobrancelhas.
Dois desastres, um mesmo homem
João Henrique Sousa, atual secretário municipal de Planejamento, parece ter vocação para barcas furadas.
Ele foi secretário de governo e de Educação no fiasco administrativo total e completo que foi o segundo governo Alberto Silva. Agora está na gestão ruinosa de Dr. Pessoa.
Mas é o mais equilibrado e correto da equipe.
Prisão em flagrante
Tiringa, um desenfluencer que tem 10 milhões de seguidores, não dá mau exemplo somente nas redes sociais onde aparece falando boçalidades.
Ele foi levado preso em Serra Talhada, Pernambuco, depois de, embriagado, bater seu carro em outro.
Mas pagou fiança e foi solto.
A realidade se impõe
O ministro Luiz Marinho (Trabalho) desistiu de revogar a portaria que permitia o trabalho no comércio aos sábados, independente de autorização prévia em negociação coletiva.
Que bom que se rendeu à realidade, porque o mais razoável é exatamente o contrário: o fechamento das lojas mediante a negociação.
Desvio de recursos
Os sinais exteriores da quebra financeira da Prefeitura são muitos e estão por toda parte, mas o que aconteceu nesta quarta-feira foi a gota d’água: com uma lei aprovada no modo vapt-vupt pela Câmara Municipal, a gestão do prefeito Dr. Pessoa vai usar R$ 50 milhões das despesas de capital para gastos correntes com pessoal terceirizado.
Desvio de finalidade
O desvio de finalidade autorizado pelos vereadores tirou 10% de um empréstimo concedido pelo Banco do Brasil para investimentos em obras para cobrir o rombo que a desastrosa gestão produziu ao não conseguir honrar os salários dos servidores terceirizados.
Tiram R$ 50 milhões de um empréstimo de R$ 500 milhões sem se saber se o dinheiro será suficiente para pagar os salários atrasados nem como a gestão irá devolver o dinheiro para a conta de investimento.
A irresponsabilidade fiscal grassa.
Vedações
A Lei de Responsabilidade Fiscal traz com a clareza da água vedações ao uso de dinheiro público destinado a despesas de capital para os gastos de custeio. Assim, temos na Prefeitura de Teresina um prefeito que pediu a cumplicidade dos vereadores para o cometimento de crime de responsabilidade fiscal. Salários deveriam ser pagos com os valores orçamentários previstos.
Déficit de prefeitos
Ontem se disse que Ciro Nogueira reuniu 91 prefeitos em sua festa de aniversário de 55 anos. O número é grande, mas representa um déficit na comparação com o apoio que o cacique do PP tinha na campanha de Silvio Mendes a governador.
No começo de 2022, Ciro contabilizava o apoio de 148 dos 224 prefeitos no Piauí.
Na festa que promoveu nesta semana, estava com um saldo negativo de 57 gestores.
Pode piorar
Muito centrado em falar para um público não piauiense e que não vota nele, o senador pode piorar a robustez de sua liderança política, que ainda é a que mobiliza a oposição.
Um dos principais redutos do PP e de Ciro, a cidade de Picos, tem problemas para seu “padrinho” Gil Paraibano.
O prefeito come poeira nas pesquisas de opinião para o governista Pablo Santos, do MDB.
Domicílio mantido
Durante a festa de seus 55 anos, o senador fez discurso em que negou a intenção de mudar o domicílio eleitoral. Mas entre a intenção e o gesto há um mar de possiblidade.
Ciro fala cada vez mais para eleitores ideológicos do bolsonarismo e suas chances eleitorais para o Senado em 2026 estão sendo minadas pelos adversários e, em boa monta, por ele mesmo ao trilhar um caminho diferente das escolhas de seus eleitores.
Assim, a promessa de não transferência de domicílio eleitoral pode ser como um contrato escrito na água.