Autor de dois dos quatro gols do Flamengo na conquista da Copa do Brasil, Gabriel Barbosa, conhecido como Gabigol, anunciou oficialmente sua saída do clube após seis anos de trajetória. Em meio aos gritos de “Fica, Gabigol” dos torcedores presentes na Arena MRV, o atacante criticou duramente a diretoria rubro-negra, liderada pelo presidente Rodolfo Landim e pelo vice Marcos Braz, e disparou contra o técnico Tite, deixando clara sua insatisfação com o tratamento recebido nos últimos meses.
Gabigol afirmou que o clube carioca nunca apresentou uma proposta concreta para renovar seu contrato, que termina em 31 de dezembro. “Eu não fico no Flamengo. Durante esses últimos anos, houve negociações, em que o presidente e a diretoria apertaram minha mão, a do meu pai e da minha família, mas a renovação nunca aconteceu”, disse o atacante ao SporTV. Pouco após sua declaração, o Cruzeiro confirmou a contratação de Gabigol para a temporada de 2025.
Gabigol também expressou incômodo com a forma como foi informado sobre sua situação no Flamengo. Segundo ele, as informações sempre chegavam de forma indireta, por meio de podcasts e outros veículos, sem um diálogo direto com a diretoria. “Durante esses anos, falei muito com o Marcos Braz e da possibilidade de conversarmos por dois, três anos, mas nunca houve uma proposta. Depois de hoje, desse título, não fico no Flamengo, mas saio muito feliz”, afirmou o atacante, visivelmente emocionado. Ele declarou ainda que pretende aproveitar os jogos restantes para se despedir bem da torcida.
Com a camisa rubro-negra, Gabigol conquistou 13 títulos, incluindo duas Libertadores, dois Brasileiros e duas Copas do Brasil, e balançou a rede 160 vezes em 305 jogos. O atacante comentou que o ano foi especialmente difícil devido a episódios pessoais e profissionais. “Houve a questão do doping, depois um treinador que não me respeitava como jogador. Foi um período horrível para mim”, afirmou, em crítica velada a Tite, ex-técnico do Flamengo. Mesmo sem revelar detalhes, Gabigol destacou que pretende iniciar uma nova fase de sua carreira no Cruzeiro, equipe que, segundo ele, encara o Atlético-MG como “adversário, não rival”.