Uso de faixas de ônibus por motociclistas reduz acidentes em Teresina

Medida da Strans provoca queda de 45% nos atendimentos por acidentes com motos

O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) registrou uma significativa redução de 45% nos atendimentos relacionados a acidentes com motociclistas após a liberação do uso das faixas exclusivas de ônibus para esse público, no início deste ano. A medida, implementada pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), visa melhorar a segurança viária e a fluidez no tráfego da capital. Segundo Denis Lima, gerente de Operações e Fiscalização de Trânsito, a iniciativa busca proporcionar mais segurança aos condutores e desafogar as demais pistas.

Foto: Alepi
Denis Lima, em entrevista ao Bom Dia Assembléia.

Os números comprovam a tendência positiva: em janeiro de 2024, o HUT contabilizou 719 atendimentos por acidentes com motociclistas, número que caiu para 672 em janeiro de 2025. Em fevereiro, foram 658 casos no ano passado contra 578 este ano. Março apresentou uma redução ainda mais expressiva: de 854 em 2024 para 563 em 2025. Já em abril, até o dia 24, foram registrados 432 atendimentos, quase metade dos 765 casos do mesmo período no ano anterior. Apesar da melhora, Denis Lima ressalta que os índices ainda são elevados e que o trabalho de prevenção precisa continuar.

Teresina ainda é conhecida como uma capital com altos índices de acidentes de trânsito, com a maioria das ocorrências ligadas ao excesso de velocidade. Para reforçar as ações de prevenção, a cidade participará da campanha Maio Amarelo, uma iniciativa nacional que busca conscientizar motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres sobre a importância da segurança no trânsito. A campanha, que começa no dia 7 de maio, conta com a integração de diversos órgãos como a Polícia Rodoviária Federal, Detran, Strans e Secretaria de Saúde.

A orientação das autoridades é clara: os motociclistas devem respeitar os limites de velocidade, utilizar os equipamentos obrigatórios de segurança e manter a atenção redobrada ao transitar. "De nada adianta as instituições se esforçarem, fazerem campanhas e trabalhos educativos se não tivermos a colaboração do condutor", alertou Denis Lima. 

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