Israel ataca o Irã e mata líderes militares em ofensiva sem apoio dos EUA

Operação israelense atinge alvos estratégicos; Irã promete retaliação com drones e mísseis

Em uma ofensiva surpresa chamada Lion Rising, Israel lançou na madrugada desta sexta-feira (13) uma série de ataques aéreos contra o Irã, atingindo instalações militares e nucleares. Segundo o governo israelense, três importantes líderes militares iranianos foram mortos, incluindo o comandante da Guarda Revolucionária, general Hossein Salami, e o chefe do Estado-Maior, Mohammad Hossein Bagheri.

As explosões foram ouvidas na capital iraniana, Teerã, por volta das 3h da manhã no horário local. A ação israelense mobilizou cerca de 200 caças e atacou pelo menos 100 alvos estratégicos em todo o território iraniano, inclusive a instalação de enriquecimento de urânio de Natanz, segundo confirmou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Apesar do ataque, a agência declarou que os níveis de radiação permanecem normais até o momento.

Em resposta, o Irã lançou mais de 100 drones em direção a Israel. Parte deles foi interceptada pelas defesas aéreas israelenses, mas autoridades esperam novos ataques em breve. Israel declarou estado de emergência e suspendeu as aulas em todo o país.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, justificou os ataques como “preventivos”, alegando que o Irã representa uma ameaça existencial à segurança de Israel, especialmente com os avanços em seu programa nuclear. "Este é um ponto sem retorno", afirmou.

Os Estados Unidos, que não participaram da ofensiva, disseram ter sido informados previamente, mas optaram por não apoiar a ação. A prioridade americana, segundo o governo, é proteger suas tropas na região. O presidente Donald Trump teria convocado uma reunião de emergência com seu gabinete.

O Irã, por sua vez, suspendeu os voos no principal aeroporto do país e afirmou que o ataque apenas reforça sua determinação em avançar com o programa nuclear e ampliar sua capacidade de mísseis. “Não se fala com um regime predador sem usar a linguagem do poder”, declarou o governo iraniano.

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