O empresário Eliésio Marinho foi pronunciado pela juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, para ser julgado pelo assassinato de sua esposa, Kamila Carvalho do Nascimento, além de enfrentar acusações de fraude processual por tentativa de forjar um suicídio. A decisão foi tomada em 13 de junho e agora o caso aguardará a marcação da data do julgamento no Tribunal Popular do Júri.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na madrugada do dia 10 de outubro de 2023, no bairro Aeroporto, quando os dois iniciaram uma discussão após Kamila ter flagrado conversas de Eliésio com outras mulheres. Durante a briga, o empresário, que possuía uma pistola, atirou na cabeça da vítima, um ato que foi presenciado pela filha do casal, que na época tinha apenas 4 anos. A relação entre Eliésio e Kamila já era marcada por problemas e episódios de violência doméstica, conforme relatado pelo MP.
Após o disparo, Eliésio tentou convencer seu advogado de que Kamila teria cometido suicídio. No entanto, a investigação policial descartou essa hipótese, uma vez que não foram encontradas evidências de pólvora na mão da vítima, e a distância do disparo não correspondia a um suicídio. Além disso, a maneira como o corpo foi encontrado levantou suspeitas de manipulação da cena do crime. Durante a audiência, Eliésio manteve a alegação de que sua esposa havia tirado a própria vida, mesmo diante das evidências.
Na sentença, a juíza destacou a existência de indícios suficientes para levar o caso ao Tribunal Popular do Júri. Eliésio Marinho continuará sujeito a medidas cautelares, que incluem a proibição de contato ou aproximação da filha, irmã e pai de Kamila, além da obrigação de permanecer na comarca de Teresina e comparecer a todas as intimações judiciais.