Uma velha prática
O nepotismo continua a ser uma prática comum no Brasil, especialmente nos municípios mais pobres, onde gestores costumam privilegiar parentes e aliados políticos em detrimento do interesse público.
Fernanda Marques (PT), reeleita prefeita de Luzilândia no Piauí, para mais quatro anos, parece determinada a manter a prática de destinar altos salários a seus familiares, algo que já marcou sua primeira gestão. Agora, no segundo mandato, ela intensifica ainda mais essa estratégia.
Não se pode dizer que a prefeita governa sozinha ou cercada de estranhos. Ao contrário: seus parentes estão bem posicionados e a protegem, naturalmente, em troca de generosas remunerações.
O lema parece ser claro: “Primeiro os meus; depois, se sobrar, os outros.”
Conheça os felizardos parentes de Fernanda Marques:
Secretária de Finanças é Maria de Jesus Pinto Marques — Dona Didi —, mãe da prefeita.
Secretária de Cultura é Marcela Meneses Pinto Marques, sobrinha da prefeita e filha da deputada Janainna Marques.
Secretário de Transporte é
Cabeto, ex-vereador e primo da prefeita.
A Secretária de Políticas Públicas para as Mulheres é
Jaqueline Aguiar, prima da prefeita.
Para a Secretaria de Assistência Social a indicação foi Renata Fenelon, prima da prefeita.
Nos cargos de assessoria assumiram na cidade de Luzilândia, Alcionete, esposa do candidato a vice-prefeito Alderico Tavares, na cidade de Joca Marques, e amiga íntima da família Marques. Ela é descrita como um “faz-tudo” da deputada Janainna e do irmão da prefeita, Betão.
Com tantos parentes e aliados bem alocados, o favoritismo segue firme em Luzilândia, consolidando uma velha prática que prioriza interesses particulares ao invés do bem público e da população.