Navalha na carne

Navalha na carne

Ontem, em sua conta no Twitter, Ciro Nogueira postou o seguinte: “Trabalho sempre em respeito a quem trabalha e produz. Por isso, lutarei pela redução da máquina do estado, corte de privilégios e de impostos. Seguirei contribuindo para nosso país e meu amado Piauí saiam da crise, retomando o crescimento e emprego”. Não é uma frase ao léu, ao que se depreende após das recentes declarações do senador reeleito. Ele já avisou que exigirá do governador Wellington Dias um redesenho da administração pública estadual com um profundo corte em estruturas que atualmente gastam demais, produzem de menos, oneram o custo da administração pública para pouco ou nenhum resultado em favor de quem paga a conta. Teria feito melhor o senador se, na montagem da alianca política, tivesse exigido que fossem feitos tais mudanças. Até evitaria os constrangimentos que Wellington passou por onde andou e nos debates onde foi até ridicularizado por não saber sequer o nome da presidente da fundação de hospitais que ele acabara de nomear. Ciro tem falado na redução da máquina, mas sabe de antemão que não será atendido porque o leque de partidos que estão juntos nessa vitória só tende a exigir mais e mais fatias de poder. Ciro vai tirar o Progressistas dessa disputa, deixando de abocanhar preciosos cargos e secretarias? Lógico que não porque o fazer política do senador, dos seus seguidores e de todos os que estão no governo é exatamente dar (algo público) para receber, o voto. Terá sido apenas e tão somente pelos belos sorrisos que 17 ex-secretários conseguiram eleger-se. Ciro sabe que não. E sabe que isso só foi possível graças à gigantesca máquina criada para tal fim. Parece que ciro não verá sua excelência fincar a navalha na própria carne. 

Ciro insiste em enquadrar Wellington sobre o tamanho da máquina. Podia, mas não fez antes da eleição (Foto: Portal AZ)

Corte

O governo estadual vai precisar passar uma faca na ruma de órgãos que se sobrepõem em ações e cuja serventia não vai muito além da acomodação política de aliados do governador. A constatação é de quem participa do governo. E da coluna também. 

Espaços

Já tem gente se movimentando para ocupar espaços administrativos na administração federal num cada vez mais provável governo de Jair Bolsonaro. A declaração de apoio do tucano Luciano Nunes, derrotado na corrida pelo governo estadual, é uma sinalização disso.

Encontro

Ciro Nogueira e Marcelo Castro tiveram o primeiro encontro, ontem, após terem sido escolhidos para as duas vagas de senadores do Piauí nos próximos quatro anos. Eles trataram de ações conjuntas no Senado a partir de fevereiro.

Empréstimo

A Prefeitura foi autorizada pelos vereadores, por lei sancionada semana passada, a pegar emprestados R$ 30 milhões ao Banco Interamericano de Desenvolvimento para aplicação em projeto ligado ao Programa Nacional de Apoio à Gestão Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros (PNAFM).

Rubem Alves

Rubem Alves, um dos maiores educadores brasileiros, vai dar dome a um centro de educação municipal da Prefeitura de Teresina. A escola fica situada no Parque Brasil II, zona Norte de Teresina.

Voz grossa

O Partido da República vai engrossar o pescoço nas negociações para ocupação de cargos no quarto governo de Wellington Dias. O partido fez três deputados estaduais e um federal.

Critérios

Mas há uma enorme distância entre a representação parlamentar e o voto popular. Se o critério a ser usado for o primeiro, o PR vale metade de um MDB. Mas se for pelo voto popular, o PR vale menos de um terço do MDB e o Progressistas.

Ombro a ombro

O PR com pouco mais de um terço dos votos obtidos por PT, Progressistas e MDB tem uma bancada de partido com grande votação popular. Talvez por isso já se tenham ouvido sussurros, no MDB, sobretudo, sobre não abandonar no caminho os companheiros abatidos em batalha.

Lanterna

Sete deputados estaduais eleitos no domingo passado tiveram mais votos que o ex-governador Zé Filho, que com 29.100 votos ficou somente na primeira suplência. Isso por força do sistema proporcional, em que, mesmo nominais, os votos contam para o partido, não para o candidato diretamente.

Os sete

Foram eleitos deputados estaduais com menos votos que o ex-governador: Flora Isabel, do PT (29.061 votos), Pastor Gessivaldo, do PRB, (28.259 votos), Nerinho, do PTB, (27.684 votos), Evaldo Gomes, do PTC (26.851 votos), Firmino Paulo, do Progressistas, (26.692 votos), Teresa Britto , do PV (19.532 votos) e Oliveira Neto, do PPS (17.633 votos).

Onze

Foram 11 candidatos não eleitos e que tiveram mais que os 17.633 votos obtidos pelo estreante Oliveira Neto: Zé Filho, B. Sá, Warton Lacerda, Ziza Carvalho, Cícero Magalhães, Belê Medeiros, Rubem Martins, Elisângela Moura, João de Deus, Paulo Martins e Liziê Coelho.

Aliás

Tem dez suplentes da aliança governista mordidos de porca na eleição. Será que Wellington Dias vai manter sua política de acomodar suplentes na Assembleia, fazendo a cada ter 45 em vez de 30 integrantes?

Sorriso

Odival Andrade, ex-prefeito de Piripiri, teve 1.834 votos para deputado estadual. Jove Oliveira, que quase foi prefeita, terminou a eleição com 14.199 votos, menos que quando ela tentou ser deputada federal em 2014. Assim, quem anda sorrindo à toa em Piripiri é o prefeito Luís Meneses, cujo filho Marden, se reelegeu deputado estadual com 42.096 votos.

Ping-Pong

A frase de Fidel

Cláudio Barros e outros internautas fazem duras críticas ao ditador Fidel Castro, no twitter. Falam que Fidel desafia o tempo e a modernidade. O humorista João Cláudio defende o ditador.
João Cláudio: “Fidel é um milagre e Cuba também...”
Cláudio: “Diga ao menos uma frase de Fidel sobre democracia...”
João Cláudio: “Democracia é quando eu mando em você e Ditadura quando você manda em mim”.
Claudio: “Essa frase é do Fidel?”
João Claudio: “Se não for do Fidel é do Silvio Mendes”.

Expressas

O Progressistas no Piauí se reúne na segunda-feira para decidir que fica onde estava: apoia Haddad no segundo turno.

Quando será mesmo que a Prefeitura de Teresina vai recapear a rua Coelho de Resende entre a praça do Marquês e a avenida Miguel Rosa?

Parece tarde demais para o PT fazer um mea-culpa da corrupção em seus mandatos. A onda é para o outro lado.

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