Menos partidos?

29/09/2022 00:00
Atualizado 16/04/2024 | 06:52

A cláusula de desempenho que tirou tempo de TV e dinheiro dos fundos partidário eleitoral dos partidos políticos nas eleições deste ano deve reduzir ainda mais as condições para existência e sobrevivência de siglas partidárias. A eleição de daqui a três dias será determinante para a sobrevida das agremiações partidárias no sistema de financiamento público bilionário. Será o voto para deputado federal que determinará o tamanho do naco de cada partido nos fundos partidário e eleitoral. Não é sem razão, portanto, que haja um esforço dos partidos primeiro para ter expressiva votação para a Câmara dos Deputados e que, na composição desse conjunto de votos haja a diversidade das votações para mulheres e pessoas negras, pois haverá um peso maior dessas candidaturas na repartição dos recursos dos fundos. Neste sentido, há erro de partidos que não se esforçaram para que mulheres e negros performem melhor nas urnas. No Piauí, é possível que PT e PP tenham focado bem essa questão, com um possível melhor desempenho nas candidaturas femininas e de pessoas negras. Isso posto, convém que se lembre que os maiores partidos, como os dois já citados, MDB, PSD, Solidariedade, PL, PSB e Republicanos venham a ter um maior volume de recursos do fundo partidário para 2024. Assim, esses partidos poderão se transformar em destinos interessantes para políticos que desejem concorrer às prefeituras e câmaras municipais. Isso fortalecerá as bases dessas agremiações para pleitos futuros e reduzirá ainda mais o espaço de sobrevivência dos partidos com mau desempenho eleitoral.

O “verde” cor de dólar Jadyel da Jupi manda avisar que vai ser o mais votado, mas admite que Rejane Sousa, esposa do ex-governador Wellington Dias, pode ser a primeira na federação (Foto Redes Sociais)

Restauro

Arrumar dinheiro para restauro da Igreja de São Benedito é praticamente uma penitência, porque um bingo milionário fez sorteios e mais sorteios com esse fim e a obra não avançou. Agora, a pessoa jurídica responsável pelo prédio vai novamente buscar esse apoio.

Renúncia fiscal

A Pia União do Pão dos Pobres de Santo Antônio recebeu autorização do Conselho Deliberativo de Incentivo do Sistema de Incentivo Estadual à Cultura (SIEC) para captar junto a empresas, mediante renúncia fiscal de ICMS, R$ 270 mil para a quarta etapa da restauração da igreja,

Calçamentismo 1

Casa mesmo, como já dito um par de vezes aqui, a Agência de Desenvolvimento Habitacional do Piauí não faz, mas faz calçamento que é o que todo mundo faz no governo Regina Sousa/Wellington Dias.
Assim, a ADH vai pagar R$ 523.610,21 à Construtora GB Barros Ltda, para pavimentação de vias em Teresina, entre as quais as ruas Marielle Franco e Marisa Letícia.

Calçamentismo 2

A política do calçamentismo deve seguir firme e forte, pois ontem a governadora Regina Sousa assinou mais um decreto, entre tantos já assinados, este agora de número 21.543, abrindo crédito suplementar de R$ 56.120.702,00, dos quais mais de R$ 34,5 milhões para obras de mobilidade e rodovias.

Pedra e voto

Por sua vez, a Secretaria de Agronegócio, feudo administrativo dos deputados Júlio César e Georgiano Neto, pai e filho, vai torrar R$ 554.559,24 de pavimentação em paralelepípedo, no município de São Miguel do Tapuio.
Será que eles são votados lá?

Aliás

Com a eficiência com que a Seagro faz pavimentação em calçamento e asfalto em dezenas de municípios do Piauí com gastos de dezenas de milhões de reais, será espantoso é que os deputados pai e filho não sejam bem votados neste ano, né?
Vamos lembrar que Júlio César teve 110.804 votos e seu filho Georgiano, eleito deputado estadual, 79.703.

Disputa

Já se sabe que vai rodar gente na aliança, agora chamada federação, reunindo o PT, o PV e do PCdoB. Não se sabe quem, as a guerra fratricida vai deixar marcas.
O “verde” cor de dólar Jadyel da Jupi manda avisar que vai ser o mais votado, mas admite que Rejane Sousa, esposa do ex-governador Wellington Dias, pode ser a primeira na federação.

Performance

Rejane teve 138.800 votos na eleição passada, quando o marido dela concorria a governador sentado na cadeira em que iria permanecer.
Será que agora consegue performar tão bem?
Há quem diga que não.

Dr. Francisco

Apresentado como herdeiro político de Assis Carvalho, o falecido deputado federal petista que em 2018 reelegeu-se com 129.623 votos, o deputado estadual Francisco Costa, donatário de uma fatia suculenta da área de saúde do Estado, faz campanha para ter desempenho semelhante.
Pior para outro dono do latifúndio sanitário, o ex-prefeito de Parnaíba, Florentino Neto, que é nome em que poucos apostam.

Pegou ar

Um eleitor recusou um aperto de mão do ex-governador Wilson Martins, dizendo que não apertava a mão de corrupto.
O ex-governador, agora abrigado no PT, pegou ar e chamou o homem para briga. Não se sabe se houve esse MMA, mas Martins perdeu a briga, porque foi a imagem dele que se chamuscou no episódio.

A TPU

Mas o que acometeu o neopetista Wilson Martins foi a conhecida tensão pré-urna – a TPU, que em alguns casos, não se sabe se o dele, também conhecida como TPP – tensão pré-porca.
Afinal, línguas viperinas teimam em dizer que Wellington Dias vai conseguir a terceira derrota consecutiva do ex e agora atual aliado..

Ping-pong

Acessório sem uso

O padre Sólon Aragão, de São João do Piauí, opositor de uma vida toda da família Paes Landim, era também conhecido por respostas espirituosas e bem-humoradas. Certa feita, em fila de votação, depara-se com uma mesária admirada com seu nome completo: Sólon Correia de Aragão.
A mesária: “Ah, padre Sólon, e o senhor tem Correia?”
Sólon: “Tenho, minha filha, só não faço é usar”.

Publicado em 18 de maio de 2019.