A chapa “terra de cemitério"

12/09/2022 00:00
Atualizado 28/04/2024 | 05:20

Queixaram-se dos colunistas substitutos pela afirmação de que o PT é uma espécie de PFL do século XXI. Mas a comparação parece adequada, a despeito da origem diversa dos dois partidos e de ter o PT nascido com rejeição ao familismo eleitoral que sempre pautou partidos conservadores. Mas une os dois a formação de chapas eleitorais carregadas de parentes e aderentes, uma espécie de reserva de mercado eleitoral para o espaço família doméstico ou, como disse um colaborador da coluna, a chapa “terra de cemitério”, ou seja, aquela em que só quem come são os que fazem parte da lista dos mais chegados. Neste contexto, o PT do século XXI amarrou seu burro na parte mais atrasada do século XX e a evidência disso fica por conta das relações de parentesco presentes na aliança principal (chapa majoritária) e nos acordos adjacentes. Na chapa majoritária da aliança governista, Wellington Dias, ex-governador e candidato a senador, tem como primeira suplente a esposa do deputado federal Júlio César Lima. Ela é mãe do deputado estadual Georgiano Neto. O candidato a vice-governador na chapa oficial do petista Rafael Fonteles, o deputado estadual Themistocles Filho, é pai do deputado federal Marcos Aurélio Sampaio e candidatou outro filho, Felipe Sampaio, a uma vaga na Assembleia Legislativa. Wellington, rodeado de parentes de correligionários, também é adepto do familismo, já que a esposa dele, Rejane, é deputada federal, eleita à sombra do marido. Na aliança goverbnista encontram-se ainda os candidatos Flavio Nogueira, do PT, pai e filho, que buscam a reeleição para a Câmara e Assembleia Legislativa; Evaldo Gomes e Fernanda Gomes, pai e filha, do Solidariedade são candidatos a deputado estadual e federal e ainda tem o senador Marcelo Castro, do MDB, que pôs o filho, Castro Neto, candidato a deputado federal pelo PSD.

Fábio Sérvio desistiu da candidatura de governador e agora disputa uma vaga na Camara Federal (Foto:Redes Sociais)

Dívida antiga

E segue a alta cúpula da administração da professora Regina Sousa reconhecendo dívidas antigas a serem pagas agora

Tem sido campeão nessa modalidade o doutor Neris Júnior, da Saúde, que já assinou para mais de 60 reconhecimentos de dívidas. Somados, os valores já vão na casa dos milhões de reais

Conta da cadeia

Semana passada, o secretário da Justiça, Carlos Edilson Sousa, botar seu autógrafo no reconhecimento de uma dívida de R$ 595.118,42 com a empresa A.W. Carvalho Comércio de Alimentos Ltda., em face de o contrato de serviço referente ao fornecimento alimentos perecíveis (carnes), para o abastecimento do sistema prisional do estado, no mês de fevereiro de 2020

Cortou 1

Convém que se abra espaço para uma nota de aplauso – algo raro de se fazer a um governo com tantos furos. Não se sabe por regra de boa governança ou pelos apertos fiscais e financeiros em que está metido, o governo passou uma faca nos custos de contratos para abastecimento e reparos de veículos de sua frota com a empresa Ticket Soluções Hdfgt S/

Cortou 2

Foram feitos cortes lineares de 4,29% referentes ao consumo de combustível, e 7% nos serviços de manutenção de veículos nas Secretarias de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, de Pessoa com Deficiência, de Justiça, dei neração, Fundação de Apoio à Pesquisa, Piauí Previdência e Coordenadoria de Comunicação Social e Coordenadoria da Juventude.O corte somou R$ 276 mil

Mudou

Fabio Servo desistiu de ser candidato a senador, mas está na campanha como candidato a deputado federal pelo Podemos

Jogo duplo

Tem candidato a deputado estadual do MDB torcendo a cara para Lula e deixando de “casar” a campanha com o ex-presidente.

Aliás, tem gente no MDB mais perto de Bolsonaro que de Lula

“Adesão"

Surgiu no fim de semana a informação de que um candidato a deputado federal pela aliança governista iria aderir ao candidato a governador Silvio Mendes, do União Brasil

Mas a informação é tratada como falsa até mesmo pelo comando da campanha da oposição

Só que...

Sempre tem quem aponte o sinal de fumaça para mostrar a existência das chamas da insatisfação, que, tal qual fogo de monturo, queima por baixo

Seria a adesão do tal candidato governista a deputado federal em dupla familiar, “de Nogueira para Nogueira”

A gente não entendeu, mas escreveu. Deve ser pista, né!?

Adesão mesmo

Mas ontem Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, celebrou em suas redes sociais, com vídeo e tudo do novo apoiador, a adesão à chapa da oposição do prefeito de Pavussu, Julimar Barbosa da Silva, eleito pelo PSD.

Barbosa levou com ele uma penca de vereadores para votar em Sílvio Mendes e Joel Rodrigues

Olha, olha!

Um colaborador dos colunistas substitutos vem nos assoprar no ouvido que um dos herdeiros políticos dos morubixabas emedebistas Themistocles Filho e Marcelo Castro poderá rodar na eleição para deputado federal

Mas a carniça do colaborador não colabora apontando se a porca está mais perto de Marcos Aurélio Sampaio ou de Castro Neto