Devolver impostos

Devolver impostos

O Brasil vem discutindo desde 1988 uma reforma tributária – uma proposta que a cada quatro anos veste roupa de festa e sai para a rua durante as campanhas presidenciais. Não se avança nem na redução da carga tributária, uma das mais pesadas do mundo, nem na quantidade de impostos, menos ainda no emaranhado burocrático que cria uma coisa bastante incomum, que é dificuldade de se recolher os impostos, tal a quantidade de normas estatais criadas para esse fim. Na soma de tudo, o imposto termina encarecendo a produção, reduzindo a competitividade do país, criando espaços para a sonegação, o descaminho e outras formas de não se pagar os impostos e, claro, criando solo fértil para a corrupção relaciona ao Fisco. Em ambiente assim, claro que a conta recai não sobre empresários, que adoram posar de vítimas de um sistema tributário ruim. A parte mais salgada dessa conta sempre é paga pelos mais pobres, pelos que não têm como se defender da ação tributária leonina do estado, ou seja, os mais pobres, uma vez que a tributação sobre o consumo (via ICMS ou IPI ou ISS) tem o mesmo percentual para qualquer pessoa de adquira um bem ou serviço, o que significa que a parte que o governo pega de impostos pode ser numericamente a mesma para qualquer cidadão, mas pesa mais para os mais pobres. É simples: se uma pessoa que ganha R$ 100 mil anuais paga 12% sobre a sua conta de energia é evidente que o peso desse custo será maior que para a maioria dos brasileiros assentados numa faixa de renda familiar muito menor. Assim, um governo que deseje equidade fiscal precisa começar não fazendo uma reforma, mas devolvendo o imposto sobre o consumo cobrado aos mais pobres. É possível faze isso, seja legal seja logisticamente. Só não se faz porque não se quer fazer.

O vereador Édson Melo publicou uma foto onde marcou nomes dos candidatos majoritários da oposição (Foto: Reprodução)

Verso eleitoral

Eleição é um negócio cuja definição pode ser dada por muitas variáveis, mas os acontecimentos dos últimos dias no Piauí sinalizam que talvez se deva usar um verso da canção “Homem primata capitalismo selvagem” do Titãs:
Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos

Junto e misturado

Enquanto coordenações de campanha, sobretudo da chapa-branca petista, se esfalfam em divulgações de pesquisas, a maioria favorecendo o candidato oficial, “com apoios”, os candidatos proporcionas seguem buscando seus próprios caminhos. Eles preferem que a cabeça cortada nas urnas não seja a deles.

Olha o Jupi

Tome-se o caso do candidato a deputado federal Jadyel da Jupí, do PV, que faz federação com o PT e o PCdoB.
O empresário foi a uma reunião no Parque Brasil, zona norte de Teresina, na qual se pediram votos para Sílvio Mendes (União Brasil) e Joel Rodrigues.

Tem mais

Jupi é um caso que se sabe por que o vereador tucano Edson Melo postou a foto do candidato aliado de Rafael Fonteles em uma rede social, o Instagram, marcando lá os nomes dos candidatos majoritários da oposição, Silvio Mendes e Joel Rodrigues. Mas é fato que pelo Piauí adentro há cada vez mais reuniões política em que os candidatos a deputado são de uma aliança e pedem votos para os majoritários de outra coligação partidária.

E tem voto?

Dotô Pessoa apareceu nas inserções de seu partido, o Republicanos, pedindo votos para os candidatos a deputado estadual e a deputado federal.
Com desaprovação de 81% dos eleitores à gestão dele, periga é tirar votos dos coitados.

Marina

A deputada federal Marina Santos, abrigada no Republicanos de Dotô Pessoa, recebeu apoio de Jorge Lopes, um dos coordenadores da campanha de Sílvio Mendes, do União Brasil. A parlamentar candidata à reeleição segue apoiando Rafael Fonteles.
Não é nada não é nada, não é nada mesmo, diria o colunista titular sob assédio judicial e preso injusta e injustificadamente.

Estatísticas

Os coordenadores da campanha de Rafael Fonteles, diante de duas pesquisas seguidas do Ipec (ex-Ibope) em que o candidato fica (muito) atrás de Silvio Mendes, justificam o mau desempenho não ao que é realmente, um mau desempenho, mas ao que consideram má qualidade da amostragem.
Ou seja, no mundo há justificativa para tudo.

Maternidade 1

O governo do Piauí diz-se disposto a abrir o Hospital da Mulher – nova maternidade de Teresina, entregue à administração da Associação Reabilitar, uma organização social séria, um oásis de probidade no lodaçal em que se transformou a gestão estadual da saúde no Piauí.

Maternidade 2

Ocorre é que se está fazendo uma corrida para abrir a maternidade de qualquer jeito, a toque de caixa, sem que haja todos os equipamentos e, segundo se murmura na área médico-hospitalar, com a canibalização de equipamentos na já obsoleta, deficiente e deficitária Maternidade Dona Evangelina, um estabelecimento hospitalar que, se investigado com seriedade, certamente vai produzir um lamaçal sem fim.

Assalto e morte

Dois homens foram mortos a tiros, ontem, quando tentaram assaltar o Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi), cuja sede fica no bairro Real Copagri, zona norte de Teresina. A tentativa frustrada de assalto ocorreu por volta das 11 horas da manhã, com reação dos seguranças, que trocaram tiros com os bandidos.

Calçamentismo

O Idepi é aquela autarquia estadual que concentra dezenas de contratos de obras de pavimentação, o que soma dezenas, talvez centenas de milhões de reais em pagamentos pulverizados entre empreiteiras amigas.,
Os bandidos que foram lá se deram mal, os que eventualmente lucrarem com alguma malfeitoria administrativa seguirão livres, leves, soltos e, quem sabe, passeando pelos Jardins.

Aliás

Não é por nada não, mas bandido ir a uma repartição pública estadual para roubar armas dos vigilantes armados parece história para boi dormir.
É estranha demais, tão estanha leva a gente a desconfiar muito sobre o real alvo dos assaltantes mortos.

Ping-pong 

O craque e a rede

Década de 80, chega a Teresina novo craque contratado pelo Flamengo. Imediatamente, o jogador é levado pelo técnico Pato Preto para dar entrevista à rádio Difusora. Enquanto Pato Preto o observava, o craque deitava falação.
O craque: “Eu vim pra balançar as redes...”
(Pato Preto): “Hum, só se for dormindo o dia todo”.

Expressas 

A vereadora Thanandra Sarapatinhas registrou um Boletim de Ocorrência depois de ser ameaçada de morte e estupro.

As mensagens anônimas foram enviadas através de e-mail.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, disse, em caso de derrota, irá passar a faixa presidencial e se "recolher".

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