Não que isso possa ser lido diretamente como uma perda para Lula, mas o fato é que o partido dele anda em baixa no Nordeste, o que pode significar que o lulismo é uma coisa e o petismo, outra. Neste espaço, já se tinha colocado o descolamento da campanha eleitoral estadual e nacional no Nordeste, onde a popularidade de Lula não pareceu ser o bastante para puxar seus candidatos a governador nem a impopularidade de Bolsonaro foi suficiente para desfavorecer candidatos não petistas. Ontem, a coluna Radar, da revista Veja, com base em levantamentos mais recentes, mostrava que essa novidade eleitoral nordestina persiste, a ponto haver a possibilidade de uma vitória de Lula na região, com boa folga sobre Bolsonaro, mas não uma colheita de votos na mesma medida para candidatos a governador do PT ou apoiados pelo PT. O texto assinado por Robson Bonin, sob o título “Maior reduto lulista no país, Nordeste caminha para derrotar o PT”, é o seguinte:“ Líder absoluto nas pesquisas eleitorais no Nordeste, Lula não consegue transferir para candidatos do seu partido a popularidade que parece ter junto ao eleitorado da região. Se os levantamentos estiverem corretos, terminadas as eleições, o PT terá perdido influência e poder em diferentes estados nordestinos. Na Bahia, ACM Neto, do União Brasil, lidera e pode vencer o candidato petista Jerônimo Rodrigues já no primeiro turno. No Piauí, Sílvio Mendes, do mesmo partido de ACM, tem 43% das intenções de voto contra 29% do petista Rafael Fonteles. No Ceará, Capitão Wagner, também do União Brasil, tem 36% contra 26% do petista Elmano de Freitas. Em Pernambuco, onde atuou para matar a candidatura de Marília Arraes, o partido deve ser duramente castigado por ter optado pelo projeto do PSB. Marília lidera com 36% das intenções de voto. Ela trocou o PT pelo Solidariedade para escapar das negociatas dos antigos companheiros que tentaram sufocar sua candidatura. Em todo o país, o drama petista se repete. Uma coisa, na cabeça do eleitor simpático a Lula, é votar no ex-presidente. Outra coisa é o PT.”

​​​​​Rafael Fonteles, candidato ao governo do Piauí, já gastou mais de um milhão em material impresso 

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Porta da rua

O Progressistas liberou formalmente, com documento e tudo, os vereadores Neto do Angelim e Valdemir Virgino, para quem tomem o rumo que já tinham escolhido, o apoio a Rafael Fonteles, do PT, e a bancada do prefeito Dotô Pessoa na Câmara Municipal.

PT azulado

Uma peça de publicidade do deputado estadual neopetista Hélio Isaías, feito para evento em Oeiras, tem azul em todos os tons e nada de vermelho.

O azul é a cor predominante na logomarca do antigo partido de Isaías, o Progressistas.

Campanha

O candidato oficial ao governo do Piauí, Rafael Fonteles, já gastou R$ 1,290 milhão em material impressos.

Com o pagamento de uma produtora de TV, R$ 920 mil e com Atividades de militância e mobilização de rua, R$ 648 mi.

Receitas

A direção nacional do MDB apostou mais em Rafael Fonteles que seu partido, o PT, ao menos se considerada o volume de receitas que ambos os partidos destinaram ao petista.

O MDB compareceu ao caixa da campanha com R$ 3,5 milhões, enquanto o PT fez cair na conta de Rafael R$ 2 milhões.

Sem despesas

O candidato do União Brasil a governador, Sílvio Mendes, ainda não registrou no site do TRE as despesas de campanha.

Mas há receita disponível, porque o Diretório do Nacional do União Brasil destinou R$ 5,169 milhões para a campanha de Mendes.

Imagem

Os maiores gastos do candidato do PL, Diego Melo, estão concentrados na área de produção de conteúdo, publicidade e propaganda, chegando a R$ 235,4 mil.

Receita de senador

Wellington Dias recebeu R$ 1,5 milhão enviados pela direção nacional do PT para a campanha dele. O PCdoB mando R$ 500 mil.

O PSD, que tem a primeira suplente de Wellington Dias, Jussara Lima, não compareceu ao caixa de campanha do ex-governador.

Povo ingrato

Entre os doadores individuais para a campanha do ex-governador não aparece nenhum dos seus ex-secretários e nenhum empreiteiro que nos últimos anos foram agraciados com obras públicas estaduais.

Eita povo ingrato.

O dinheiro de Joel

O candidato a senador Joel Rodrigues, do Progressistas, recebeu da direção nacional de seu partido um aporte de R$ 1,7 milhão para a campanha.

O maior doador individual à campanha de Joel é o ministro da Casa Civil, que compareceu com R$ 50 mil.

Paridade

Júlio César Lima, candidato à reeleição pelo PSD, recebeu do seu partido, R$ 1,6 milhão para a campanha.

Seu colega deputado federal Marcos Aurélio Sampaio e o novato Castro Neto, que trocaram o MDB pelo PSD, receberam o mesmo valor.

Papai mandou

Marcos Aurélio não recebeu nada do pai, o candidato a vice-governador Themistocles Filho, mas a mãe dele, Conceição de Maria Pádua Sampaio, doou R$ 13,8 mil para a campanha do filho.

Já Castro Neto recebeu R$69.393,65 do pai, senador Marcelo Castro, do MDB.

Ping-pong

A camisa financeira  

Campanha eleitoral de 2002. O irrequieto oftalmolotista Raimundinho Santana vem a Teresina e consegue um adjutório, de R$ 5 mil, de determinado candidato. Preocupado com a Justiça Eleitoral, o candidato liga para Raimundinho, falando em código.

O candidato: “Dr. Raimundinho, suas camisas já estão prontas...”

Raimundinho: “Que camisas, rapaz. Eu pedi foi dinheiro para fazer a campanha aqui no extremo sul...”

O Candidato: “São cinco mil camisas que já estão no banco...”

Raimundinho: “Tu tá louco, onde já se viu botar camisa em banco”.

O candidato: “Desligando aqui, doutor, até mais”

 Expressas 

A ex-mulher do vereador Rodrigo Teixeira prestou um boletim de ocorrência contra ele por ameaça de morte.

O INSS publicou o edital do concurso público, onde serão ofertadas mil vagas para o cargo de técnico do seguro social, com remuneração bruta inicial de R$ 5.905,79.

O dono de uma loja de som automotivo foi preso com baterias furtadas de torres de comunicação de celular.