Os filhos do presidente

Os filhos do presidente

Em todo governo, há quem faça relação com um navio, prevendo-se os pontos (ou casos) onde a embarcação vai fazer água, e causar transtornos para os governantes. A história mostra isso com absoluta clareza, e os resultados, quando não são bem administrados, fazem a dificuldade débil tornar inviável a administração, ou, ao menos, confusa, e temerária. O governo Bolsonaro, em 45 dias conseguiu produzir alguns episódios de desencontros entre o presidente e seus ministros, inclusive sendo o próprio presidente desautorizado por ministros, como no caso da redução da alíquota do Imposto de Renda, anuncIada por Bolsonaro e sequer assinada por ele. De antemão se imagina que o gabinete da presidência é um dos pontos vulneráveis, até pela tradição da maldição da Casa Civil, que de lá retira os ministros pela porta dos fundos. Ainda, pelas indicações do ano passado, era de se imaginar que os filhos do presidente seriam o seu calcanhar de Aquiles, dada a facilidade com que se envolvem em confusões, e, de modo especialmente mais gravoso, a notória influência que ele parecem ter sobre o pai, que não conseguiu, por razões desconhecidas, afastá-los da proximidade com o centro do poder. O deputado Eduardo Bolsonaro, de São Paulo, chegou a dizer que poderia fechar o STF com um soldado e um jipe, numa afronta ao pilar maior de um dos poderes da República. O outro filho, Flávio, senador pelo Rio de Janeiro, envolveu-se no escândalo ainda não explicado do assessor Fabrício Queiróz, em cuja conta bancária transitaram valores vultuosos oriundos de parte de salários de outros funcionários de gabinete do então deputado e, por extensão, chegaram na conta bancária da primeira dama, Michelle. Por último, o filho vereador Carlos traz a público um desencontro interno entre o presidente e seu ministro Gustavo Bebiano, disso gerando uma crise política e resultando na demissão do ministro. O problema se agravou porque o próprio presidente replicou o comentário do filho, desmoralizando publicamente o seu ministro, quando seria muito mais simples demiti-lo. Ao invés disso, ofereceram ao presidente do PSL uma diretoria na Itaipu binacional, de salário atraente ( R$ 70 mil ), repetindo as velhas práticas (que Bolsonaro condenou na campanha eleitoral) de se usar o poder público e seus atrativos como moeda de troca ou pagamento pela acomodação do insatisfeito. Sorte que descobriram que a lei impede esse cargo a dirigente de partido político, e deputado não pode dirigir empresa pública. Assim, antes de chegar aos dois meses de governo, fica a nítida impressão de que o general Mourão está correto quando diz que Bolsonaro precisa dar um jeito na sua rapaziada, fazendo menção aos filhos do presidente, para fazê-los compreender a grandeza do cargo e a diferença entre serem filhos de Bolsonaro e filhos do Presidente da República. Como diria o ex-presidente José Sarney, o respeito à liturgia do cargo é o ponto de partida para um bom governo. Ou, no dizer do mesmo ex-presidente, a cadeira da presidência da República é a única para a qual ninguém está totalmente preparado. Para não afundar no navio que comanda Bolsonaro precisa ouvir as lições do velho presidente.

Patrício Noé (Foto: Lucas Sousa / Portal AZ)

Lá vem!

Pegue légua, urubu voando baixo. 
Há informações de que procurador eleitoral Patrício Noé acionou a Polícia Federal para apurar informações de que partidos teriam liberado vultosas quantias do Fundo Partidário para candidatos fantasmas nas eleições de outubro passado no Piauí. 

Os partidos 

Estão na mira o PR, que liberou R$ 370 mil para uma candidata a deputada estadual que teve apenas 41 votos e o PRB que gastou R$ 800 mil com duas candidatas a deputada federal e as duas tiveram pouco mais de 500 votos. 
Outras legendas também estão sob investigação. 

Propaganda 

A candidata do PR passou o tempo usando as redes sociais fazendo propaganda de produtos tupperware nas suas redes sociais. 

Patrícia Leal (Foto: Wilson Nanaia / Portal AZ)

Botando os meus

Seria cômico se não fosse trágico! Depois que correu a notícia de que Júlio Arcoverde vai assumir a Semel na prefeitura de Teresina, para dar lugar ao suplente Bessá, a prefeita de Altos, Patrícia Leal (PT), está sendo aconselhada a chamar deputado estadual para assumir cargo de secretário em sua gestão no município de pouco mais de 35 mil habitantes.

E sabe por que? 

A estratégia é para abrir vaga para o marido de Patrícia, o suplente Warton Lacerda (PT) na Assembleia Legislativa. O difícil é imaginar um deputado aceitando tal empreitada. 

Decisão dura 

Quem ficou suplência de deputado na eleição passada e, principalmente os dez primeiros, achavam que seriam chamados, todos foram surpreendidos com a decisão de Wellington Dias de não mexer nisso, por enquanto. 
O diabo é que a grande maioria dos suplentes está tão endividada que não sabe como fazer. 

Primeiro as coisas primeiras

O deputado estadual Oliveira Neto (PPS), estreante na Assembleia Legislativa, já mostrou a que veio.
Na segunda semana de trabalhos na casa já apresentou à mesa diretora requerimento solicitando ao DER que realize trabalho de recuperação da PI-112.

Minha casa 

A estrada em questão é a que dá acesso a casa dele próprio, em Miguel Alves. 
É como diria o notável Hugo Napoleão “primeiro as coisas primeiras”.

Falando nele...

Grupos de WhatsApp procuram pelo pai de Oliveira Neto, o prefeito de Miguel Alves, Oliveira filho. 
Dizem que há muito ele não tem aparecido na cidade, onde só estaria devendo a duas pessoas.
Deus e o mundo. 

Surtiu efeito

Por falar no DER, dia seguinte após matéria publicada no Portal AZ com reclamacao da população do Socopo, que realizou manifestação devido à paralisação na duplicação da PI-112, o órgão mandou de volta máquinas ao local e a obra foi retomada.

Foto: reprodução Prefeitura Municipal de Teresina

Efeito contrário

Tanto as redes sociais como a oposição não viu com bons olhos o projeto do prefeito Firmino Filho de construir um planetário em Teresina.
Os mais ácidos explicam que a construção do planetário se dá porque o prefeito “vive com a cabeça no mundo da lua”.

Prefeitura X Estado

O presidente da FMS, Charles Silveira voltou a alertar que está em vias de esgotar a paciência da prefeitura com o governo do Estado no financiamento à saúde.
O município cobra um repasse maior do governo devido aos inúmeros pacientes do interior que são atendidos nos hospitais de Teresina.
“Está chegando em um limiar que vamos ter que judicializar a questão contra o Estado, mas não é isso que querermos”, diz.

Venâncio Cardoso (Foto: Wilson Nanaia / Portal AZ)

Prestígio

Tentando copiar Heráclito Fortes que realiza tradicional confraternização com jornalistas, o vereador de Teresina, Venâncio Cardoso fez o carnaval da imprensa na casa da mãe, a deputada Flora Izabel.
Pouco mais de dez repórteres apareceram por lá que tinha até prévia de carnaval. 

Pequeno grande partido

O PRP, que não atingiu a cláusula de barreira, será fundido ao Patriota, que passará a ter cinco vereadores na Câmara Municipal de Teresina. 
Um feito que nem as maiores siglas conseguem, mas isso é coisa de ocasião. A maioria dos que estão lá, já procura outras siglas que lhes oferecem estadia mais confortável.

Ping-Pong

Alívio grande 

Servidor antigo da Câmara Municipal de Teresina puxa conversa com um deputado que vai à casa visitar Jeová Alecar. 

O servidor da Câmara: “Deputado, me diga uma coisa, como é que está a Teresa Britto lá na Assembleia?
O deputado: “Está bem, ela é da oposição né!”
O servidor da Câmara: “Ow alívio grande né?”
O deputado: “Alivio pra quem?”
O servidor da Câmara: “Pra nós daqui, porque todo dia ela inventava a Câmara Itinerante, onde tínhamos que levar um ônibus pela cidade com mesa, cadeira, aparelho de som, prato, copo...”

Expressas

Música que homenageia o jornalista piauiense Garrincha vence o 8º Concurso de Músicas Carnavalescas.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou que o governo apresentará o projeto de lei Anticrime ao Congresso Nacional na terça-feira (19).

Amanhã a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) fará a abertura do ano letivo das escolas da rede estadual.

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