Alerta para crise de saúde mental entre jovens; Mpox não é nova covid

O senador Paulo Paim fez um alerta sobre a deterioração da saúde mental entre jovens

Sen Paim
Sen Paulo Paim

Em pronunciamento nesta segunda-feira (19), o senador Paulo Paim (PT-RS) fez um alerta sobre a deterioração da saúde mental entre jovens brasileiros e anunciou uma audiência pública no próximo dia 22, na Comissão de Direitos Humanos (CDH), para tratar do tema.

Dados da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), vinculada ao SUS, revelam uma tendência preocupante entre 2013 e 2023. Pela primeira vez, a ansiedade entre crianças e jovens superou os índices observados entre adultos em nosso país. Em 2023, a taxa de jovens de 10 a 14 anos atendidos por transtornos de ansiedade atingiu 125,8 a cada 100 mil; e, entre adolescentes, 157 a cada 100 mil. Esse contraste com adultos acima de 20 anos se reflete na taxa de 112 a cada 100 mil.

— Os índices de saúde mental começaram a se deteriorar a partir da segunda década dos anos 2000. O maior acesso à informação pela internet, a popularização de smartphones com câmeras frontaiss, e o crescimento das redes sociais e dos jogos online contribuíram para esse cenário — disse.

O senador também comentou dados da Pesquisa Nacional de Saúde, do IBGE, que revelam um crescimento significativo na incidência de depressão em todas as faixas etárias entre 2013 e 2019. Entre jovens de 18 a 21 anos, a taxa de depressão aumentou de 2,47% para 6,23%, um crescimento de 152%.

— Esses dados, podem crer, parecem simples números, mas são alarmantes e requerem ação imediata. O Brasil precisa, urgentemente, acelerar políticas públicas que abordem essa crise silenciosa, mas que leva à morte nossas crianças e jovens. Fica aqui a nossa preocupação e um apelo por medidas que possam reverter essa trágica tendência.

Mpox não é nova covid, diz diretor da OMS na Europa

Diretor Regional
OMS

O diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, disse nesta terça-feira (20), em Genebra, que a mpox - independentemente de se tratar da nova variante 1, por trás do surto atual na África, ou da variante 2, responsável pela emergência global em 2022 - não configura “uma nova covid”.

“Sabemos muito sobre a variante 2. Ainda precisamos aprender mais sobre a variante 1. Com base no que sabemos, a mpox é transmitida sobretudo através do contato da pele com as lesões, inclusive durante o sexo”, disse. “Sabemos como controlar a mpox e – no continente europeu – os passos necessários para eliminar completamente a transmissão,” disse.

O diretor regional da OMS lembrou que, há dois anos, foi possível controlar a doença na Europa graças ao envolvimento direto com grupos mais afetados, incluindo homens que fazem sexo com homens (HSH). “Implementamos uma vigilância robusta, investigamos exaustivamente novos contatos de pacientes e fornecemos conselhos sólidos de saúde pública”, detalhou.

“Mudança de comportamento, ações não discriminatórias de saúde pública e vacinação contra a mpox contribuíram para controlar o surto [em 2022]”, disse. “Mas, devido à falta de compromisso e de recursos, falhamos na reta final”, alertou, ao citar que a Europa registra, atualmente, cerca de 100 novos casos da variante 2 todos os meses.

Emergência global

Para Kluge, a nova emergência global por mpox - provocada pela nova variante 1 - permite que o continente volte a se concentrar também na variante 2. Dentre as ações destacadas por ele estão fortalecer a vigilância e o diagnóstico de casos e emitir recomendações de saúde pública, inclusive para viajantes, “baseados na ciência, não no medo, sem estigma e sem discriminação”.

O diretor OMS Europa destacou ainda a necessidade de aquisição de vacinas e medicamentos antivirais para os que mais precisam, conforme estratégias de risco. “Em suma, mesmo que reforcemos a vigilância contra a nova variante 1, podemos – e devemos – nos esforçar para eliminar a variante 2 do continente de uma vez por todas”, preconizou.

“A necessidade de uma resposta coordenada, neste momento, é maior na região africana. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças na África declarou a mpox uma emergência continental pouco antes da declaração global feita pela OMS. A Europa deve optar por agir em solidariedade”, concluiu, ao citar ações imediatas para o que classificou como “momento crítico”, como também ações de longo prazo.

Fonte: Agência Senado / Agência Brasil.

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