Mau humor e falta de sono causa distúrbio; ICMS da cesta básica
alerta para importância de hábitos saudáveis
Mau humor e falta de foco podem indicar distúrbios do sono

Sensação de cansaço constante, dificuldade para dormir ou agitação são sintomas que impactam a qualidade de vida de 72% dos brasileiros, de acordo com estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Nesta sexta-feira (14), foi celebrado o Dia Mundial do Sono, com o tema Faça da Saúde do Sono uma Prioridade, enfatizando a necessidade de ter uma boa saúde de sono para uma boa qualidade de vida. A primeira comemoração da data foi feita em 2008, com o propósito de promover a saúde do sono e conscientizar a população.
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O tratamento de distúrbios do sono pode ser feito por diferentes profissionais da saúde, como psicólogos, psiquiatras, otorrinolaringologistas, neurologistas entre outros profissionais. A necessidade de recorrer a algum profissional varia de acordo com o motivo da falta de sono do paciente. O médico otorrinolaringologista, Edilson Zancanella, coordenador do Conselho de Administração da Academia Brasileira do Sono e atual representante da Sociedade Mundial do Sono na América Latina, explica como o comportamento diurno é importante para analisar quais sinais de alerta para distúrbios do sono.
“A pessoa que passa a ficar esquecida, fica mal-humorada, passa a ter problemas em manter a atenção, além de ter sono durante o dia. Também é comum despertar com a sensação de que está cansado e que o sono não deu conta da sua necessidade", elenca o médico.
De acordo com Zancanella, outro sinal importante é o ronco. "Esses são os sinais de alerta que a gente sempre tenta salientar e são características que o paciente consegue perceber”, complementa.
O especialista também fala sobre a importância de manter hábitos saudáveis de higiene do sono para melhorar a qualidade de vida, a concentração e a produtividade durante o dia.
“É importante ter regularidade no horário de deitar e no horário de levantar, tentando criar um hábito que seja adequado, ou seja, a preparação para dormir. É aquilo que você faz 30 minutos antes de deitar na cama, como desligar o celular, pôr o pijama, escovar os dentes, criar um ritual. É bom que esse ritual tenha um horário regular. O nosso organismo funciona muito bem com regularidade. E quando a gente não tem um horário fixo para deitar e para dormir, isso sempre vai atrapalhar e vai criar demandas diferentes daquilo que o organismo necessita.”
Entre os distúrbios do sono mais conhecidos, está a paralisia do sono. Ao acordar, muitas vezes o paciente com essa condição não consegue falar ou realizar movimentos simples do corpo.
É o caso da estudante Jackie Viana (20). Ela tem episódios frequentes desde os 12 anos de idade, quando foi diagnosticada com o distúrbio. Como a condição interfere negativamente na qualidade de vida dela, a estudante passou a usar estratégias para dormir melhor.
“Normalmente, utilizo sons que me acalmam ou, em alguns casos, recorro a remédios para dormir. Para me acalmar, gosto de ler antes de dormir, pois isso me ajuda a relaxar e desacelerar a mente.”

Jackie Viana tenta ter hábitos que a acalmem antes de dormir
Outros distúrbios são a insônia e a apneia do sono, que têm picos de diagnósticos algumas idades mas podem aparecer em qualquer faixa etária, de acordo com Zancanella.
“A insônia é mais frequente em mulheres pós-menopausa, influenciada por alterações hormonais relacionadas ao climatério. Já a apneia do sono é mais frequente em homens a partir dos 45 anos com sobrepeso. Mas a apneia do sono pode acontecer desde a infância, e a insônia também pode acontecer na adolescência”, explica o especialista.
Dicas para melhorar a qualidade do sonho
Ter regularidade no horário de deitar e no horário de acordar
Apostar em alimentação saudável e leve antes de dormir
Diminuir ruídos e manter o ambiente escuro à noite
Evitar o uso de telas por pelo menos uma hora antes de dormir
Governo Federal consulta os estados sobre redução do ICMS da cesta básica

Planalto cogita zerar alíquota de produtos da cesta básica para diminuir os preços. É mais uma medida para tentar conter a inflação.
Governadores têm sido sondados pelo Palácio do Planalto sobre a possibilidade de isentar o ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – de produtos da cesta básica. A iniciativa visa conter a alta dos preços dos alimentos.
Na semana passada, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), e o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (REP), foram contatados para discutir a viabilidade da medida.
Apesar dos esforços do governo, a proposta enfrenta resistência, pois muitos governadores argumentam que a arrecadação do ICMS é essencial para equilibrar o Orçamento de seus estImposto zerado
Na sexta-feira (14), passou a vigorar a isenção do imposto de importação para alimentos como carne, açúcar, milho e café. A medida busca reduzir os preços desses produtos, que vêm sendo pressionados pela inflação. Para assessores de Lula, a alta dos alimentos tem afetado até mesmo a popularidade do presidente.ados.
Sem impacto para o produtor
O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou na semana passada medidas para reduzir o preço dos alimentos. Questionado sobre o impacto nos produtores nacionais, ele garantiu que não haverá prejuízos, pois os itens com imposto zerado são importados em baixa quantidade, segundo o Ministério da Fazenda.
Outras medidas
Também foram anunciadas pelo governo as seguintes medidas:
Aceleração do SISBI-POA
O governo pretende ampliar o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), que permite que produtos como leite, mel, ovos e carnes inspecionados em municípios e estados possam ser vendidos em todo o país.
A meta é passar de 1.550 registros para 3.000 no sistema, o que pode trazer mais competitividade e redução de custos no setor de proteína animal.
Com a mudança, os produtores de leite líquido, mel e ovos cadastrados nos sistemas municipais de inspeção poderão ser vendidos para todo o Brasil. Há possibilidade de que essa flexibilização também seja feita para outros produtos.
Fortalecimento dos estoques reguladores da Conab
O governo quer reforçar os estoques públicos de alimentos básicos para ajudar a segurar a alta de preços em momentos críticos, garantindo oferta e estabilidade.
Plano Safra com foco na cesta básica
Com a mudança, os produtores de leite líquido, mel e ovos cadastrados nos sistemas municipais de inspeção poderão ser vendidos para todo o Brasil. Há possibilidade de que essa flexibilização também seja feita para outros produtos.