Fies: instituições têm até hoje para participar; Ivermectina nos EUA
Inscrição para vagas remanescentes terá edital em breve
Fies: instituições de ensino têm até hoje para confirmar participação

As instituições privadas de ensino superior têm até esta segunda-feira (7) para confirmar a participação na edição de oferta de vagas remanescentes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o primeiro semestre de 2025.
- Participe do nosso grupo de WhatsApp
- Participe do nosso grupo de Telegram
- Confira os jogos e classificação dos principais campeonatos
O programa do Ministério da Educação (MEC) oferece financiamento para cursos de graduação em universidades e faculdades privadas que tenham avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
O objetivo da política pública é facilitar o acesso de estudantes de baixa renda ao ensino superior.
Vagas remanescentes
Os dados para o Fies 2025 do primeiro semestre devem ser preenchidos virtualmente, até as 23h59 de hoje, pelas faculdades privadas exclusivamente, pelo Sistema Informatizado do Fies (Sisfies), no módulo com o título Fies Oferta. Para acessar o sistema, é preciso ter cadastro no Login Único do portal Gov.br.
Devem ser informados dados de cada curso a ser ofertado, número de vagas, turno, local e valores das semestralidades.
Somente as instituições que fizeram a adesão ao Fies do primeiro semestre de 2025 e ao Fundo Garantidor do Fies ficam habilitadas a assinar eletronicamente o termo de participação, no módulo FiesOferta.
Cronograma
Após o período de confirmação de participação, o novo edital publicado pelo MEC, de 8 a 11 de abril, permitirá que as instituições de ensino superior verifiquem e até corrijam informações do documento que formaliza a participação nessa edição do Fies.
O edital ainda determina que as faculdades privadas divulguem, em suas páginas eletrônicas na internet e com a fixação em local de grande circulação de estudantes, a participação da entidade no processo seletivo.
A divulgação deve informar o número de vagas remanescentes disponibilizadas, a relação de cursos e turnos de cada local de oferta da instituição, bem como a legislação que ainda será publicada pelo MEC relativa a vagas remanescentes do Fies.
Fies 2025/1
O Ministério da Educação (MEC) confirmou que, em breve, divulgará novo edital com as regras e o cronograma para a inscrição dos estudantes às vagas remanescentes do Fies, que sobram das etapas anteriores de seleção do programa neste ano.
Na fase regular do Fies 2025/1, as universidades privadas de ensino superior ofereceram 67.301 vagas de cursos de graduação. Na outra ponta, o programa recebeu mais de 493 mil inscrições de 198.579 candidatos. Cada um deles pode se inscrever em até três opções de cursos.
Agora, as vagas remanescentes são destinadas exclusivamente aos estudantes efetivamente matriculados no curso, turno e local de oferta para os quais se inscreveram.
A pasta aguarda apenas as informações prestadas pelas mantenedoras das instituições de ensino superior não gratuitas até esta segunda-feira.
Ivermectina volta a gerar polêmica nos EUA

A ivermectina, medicamento tradicionalmente usado no combate a parasitas, voltou a ganhar destaque nos Estados Unidos, especialmente entre influenciadores conservadores e figuras políticas alinhadas à extrema-direita. O remédio também foi alvo de polêmica no Brasil, principalmente ao longo do período da pandemia de Covid-19.
Um dos casos mais recentes da propagação do uso do fármaco tem como protagonista Joe Grinsteiner, um cantor country e apoiador de Donald Trump.
Grinsteiner, que vive no estado norte-americano de Michigan, tem compartilhado em suas redes sociais vídeos nos quais aparece tomando a versão veterinária da ivermectina. Ele afirma que o medicamento foi responsável por curar seu câncer de pele, bem como o câncer cervical de sua esposa.
Em outro momento, o artista contou a história de uma mãe que relatou melhorias no comportamento do filho autista após o uso da substância, incluindo o suposto desenvolvimento da fala.
Não há eficácia comprovada
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica afirma que "não há embasamento científico para essa associação". A entidade pontuou que atualmente "existem tratamentos eficazes e seguros para a maioria dos tipos de câncer" e destacou que a substituição de terapias comprovadas por alternativas sem evidência científica pode criar riscos para os pacientes.
A ivermectina é um medicamento recomendado para tratamento contra doenças provocadas por parasitas e vermes e também não é indicado para o tratamento de "lesões" supostamente causadas por vacinas contra a covid-19, ao contrário do que apontaram publicações falsas nas redes sociais no Brasil em agosto de 2024.
Além disso, não há evidência de que os imunizantes contra a covid-19 provocam este tipo de problema ao corpo humano, mas sim reações passageiras, como febre e inchaço local.
Flexibilização de venda em estados dos EUA
Embora não haja comprovação científica de que a substância seja eficaz no tratamento de doença, o aumento do interesse pela ivermectina tem levado alguns estados norte-americanos a flexibilizar restrições em relação à venda do medicamento.
Recentemente, a governadora do Arkansas, Sarah Huckabee Sanders, sancionou uma legislação que permite a comercialização da ivermectina sem a necessidade de prescrição médica. Outros estados, como Texas e Alabama, estão discutindo propostas semelhantes, baseando-se na argumentação de que os cidadãos deveriam ter liberdade para decidir sobre seus próprios tratamentos.
Por outro lado, a Food and Drug Administration (FDA), órgão responsável pela regulação de medicamentos nos Estados Unidos, continua a alertar contra o uso da ivermectina para tratar a Covid-19, reiterando que não existem evidências clínicas que comprovem sua eficácia.
A FDA também alertou sobre os riscos de consumir a versão veterinária do remédio, que pode causar efeitos adversos sérios, como confusão mental, convulsões e até mesmo coma.
Efeitos colaterais da ivermectina
A ivermectina, assim como todo medicamento, produz efeitos colaterais e não deve ser tomada indiscriminadamente, apontam especialistas. A bula da ivermectina cita dores, vômitos, reações na pele e dispneia (falta de ar) como algumas das reações adversas mais comuns.
Polêmica no Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu diversas vezes que a ivermectina fazia parte de um plano de "tratamento precoce" contra covid-19, junto com a hidroxicloroquina e cloroquina, mesmo sem comprovação científica: o chamado "kit covid". Até mesmo a farmacêutica responsável pelo medicamento disse que seu uso não era comprovado contra a doença.
Em outubro de 2021, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) do Sistema Único de Saúde (SUS) propôs a votação de um relatório que contraindicava o uso do "kit covid", mas o Conselho Federal de Medicina (CFM), em decisão controversa, deu um voto contrário.
Fonte: Agência Brasil / SBTNews
