Direto da Redação: na série “pão e circo” prefeito contrata Safadão
Nem bem encerrou uma maratona de festas que durou 60 dias, Parnaíba terá Wesley Safadão
Nem bem encerrou uma maratona de festas que durou 60 dias das festas junina, o prefeito Mão Santa vai levar a Parnaíba, o caríssimo cantor Wesley Safadão, para show no aniversário da cidade.

O exagero do prefeito
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Wesley Safadão está anunciando que fará show em Parnaíba, em agosto, nas comemorações do aniversário da cidade.
O prefeito Mão Santa confirmou.
Cachês diferentes
Todos sabem que em se tratando de shows produzidos pela iniciativa privada, os cachês são bem camaradas, preços razoáveis.
Mas quando é o gestor público o contratante, a conta sobe para a estratosfera.
Safadão é o mau exemplo.

Dinheiro devolvido
Um show para órgão público, uma prefeitura, por exemplo, fica acima de R$ 400 e há, até situações em que difere de uma prefeitura para outra.
O MP já requereu a devolução de mais de R$ 700 mil de um show do Safadao numa cidade pernambucana porque uma semana antes ele havia feito outro show, na Paraíba, por menos de R$ 200 mil.
Maratona de festas
Não dá para explicar a razão de um prefeito de uma cidade endividada como Parnaíba, incluir esse show tão caro na sua programação festiva.
Não custa lembrar que Mão Santa encerrou agora uma maratona de 60 dias de festas juninas, com atrações tão diferentes como caras.
Praças e salas
Faria melhor o prefeito - o de Parnaíba como tantos outros - se usasse o dinheiro dos shows construindo praças, salas de aula; calçamento, quadras esportivas.
Panem et circenses
Essa mania de festas pagas pelos gestores vem do Império Romano, a política do “pão e circo”, que servia de manipulação do povo.
Era através de festas que os aristocratas doutrinavam as massas para passar a se desinteressar da política e se voltar para os prazeres das festas, da comida.
Surgiu, então, como se aportuguesou a política do “pão e circo”, bem atual, como fazem prefeitos e governadores.
Relatório da execução orçamentária indica déficit na PMT
O orçamento municipal de Teresina para este ano previu receitas de R$ 4,338 bilhões, mas passado os seis primeiros meses do exercício fiscal – janeiro e julho – a receita realizada, ou seja, o dinheiro que passou pelos cofres da Prefeitura para fazer frente às despesas ficou em 47,43% do volume de recursos previstos, ou 2,079 bilhões.

Os dados estão no Relatório Resumido da Execução Orçamentária publicado na última sexta-feira, 28 de julho.
O documento mostra que se tivesse atingindo na metade do ano 50% das receitas previstas, o volume de recursos nos cofres municipais em seis meses seria de R$ 2,169 bilhões, em um indicativo de déficit financeiro na ordem de R$ 90 milhões.
Se no lado das receitas a prefeitura está aquém do previsto, no campo das despesas em seis meses há um leve valor a maior. O volume de gastos nos seus primeiros meses de 2023 chega a 47,96% do volume previsto.
O título e a piada
A Câmara Municipal de Teresina é uma Casa Legislativa que produz de tudo, inclusive razões para virar alvo de piadas.
E não é de hoje.
O título e a piada 2
No ano passado, a Câmara concedeu título de cidadania honorária ao então presidente Jeová Alencar.
Agora é a suplente de vereadora Graça Amorim que foi agraciada com a mesma honraria.
É realmente estranho que um vereador eleito por considerável parcela de seus concidadãos receba um título honorário de cidadania.

Duplicação federal
Rafael Fonteles anunciou ontem, ao inaugurar 8,2 km de duplicação da BR316, que vai solicitar que o governo federal duplique outros trechões dessa e da BR 343.
Taí uma sensatez porque coloca na responsabilidade do dono da rodovia.
Obra alheia
Rafael age bem diferente do então governador Wilson Martins que resolveu bancar, sem poder, as duplicações da área urbana das duas BRs, num serviço que durou mais de 10 anos.
E, claro, a um preço absurdo.
Tempos normais
Ontem, baseado em cálculos feitos por especialista do setor, se disse que os R$ 89 milhões usados nesses 8 quiômetros de duplicação dariam para construir uma estrada de mais de 100 km em tempos normais.
Normais, quer-se dizer, sem as onerações dos operadores.
Custo/vereador
Até junho deste ano, a Câmara Municipal de Teresina custou R$ 48.678.108,74 ao contribuinte de Teresina, segundo o Relatório Resumido da Execução Orçamentária publicado na última sexta-feira, 28 de julho.
Isso significa que cada um dos 29 vereadores de Teresina custou, no primeiro semestre deste ano, R$ 1,678 milhão.
Prazo de validade
Arthur Lira diz que o cargo do
Ministro Alexandre Padilha tem prazo de validade.
Trocando em miúdos: Padilha não estaria entregando a “mercadoria” que os partidos compraram, ou seja, os cargos no governo.
E por isso, corre risco de cair.

Não ria
Lula disse: “não farei a política do é dando que se recebe”.