Três anos depois, Jeová discorda da gestão onde tinha 800 cargos

Não era surpresa 

Depois de três  anos, o esperado aconteceu. Para surpresa de ninguém, o deputado estadual Jeová Alencar rompeu com o prefeito Dr. Pessoa e entregou a cobiçada Superintendência de Ações Administrativas Descentralizadas Sul, a SAAD.

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O homem mais poderoso 

Jeová Alencar passou três anos no comando da pasta. Teve um orçamento gordo e gozou da confiança do prefeito Dr. Pessoa durante todo esse tempo no qual se tornou o homem mais poderoso da prefeitura de Teresina.
 E o poder dado pelo prefeito de Teresina foi suficiente para que Jeová Alencar fosse eleito deputado estadual nas eleições de 2022.

Foto: Reprodução

Jeová Alencar tinha pelo menos 800 pessoas nomeadas na prefeitura, mandava em tudo, e três anos depois resolver discordar do prefeito

Histórico de traições 

O histórico de Jeová não é de gratidão. Chegou à Câmara Municipal após comandar o DETRAN no governo Wilson Martins por indicação do sobrinho, o então deputado estadual Henrique Rebelo. Depois de ser eleito, abandonou, para não dizer que traiu, o ex-governador e o tio Henrique.

Horror e medo 

Na Câmara, correu para os braços do então prefeito Firmino Filho. Filiou-se ao PSDB. Mas não tardou em trair o saudoso tucano. Manobrou uma eleição para a presidência daquela casa enquanto Firmino estava numa viagem para o exterior.
A advogada Carol Jericó, prima de Firmino, já publicou que o finado tinha horror (e muito medo) de Jeová. 
 

Foto: Portal AZ

Firmino Filho tinha medo de Jeová Alencar e o mantinha bem vigiado

Silvio e Ciro …

Correu então para os braços de Themístocles Filho, então ferrenho opositor de Firmino Filho. A amizade política também durou pouco. Em nome sabe-se lá do que, Jeová se atirou nos braços de Silvio Mendes e Ciro Nogueira nas eleições de 2022. 
 

Foto: Reprodução

Com Themistocles Filho a amizade durou pouco

Foto: Divulgação

Jeová aproximou-se de Silvio Mendes e de Ciro e ganhou o mandato de deputado estadual

Tramou contra Pessoa 

No mesmo ano, tomou o lado oposto do prefeito Dr. Pessoa. Teria, para isso, manobrado as candidaturas em seu benefício, impedindo Dr. Pessoa de liderar o pleito: "cuide da prefeitura, deixe a política comigo", teria repetido várias vezes ao "amigo".

Mais influência 

Com a derrota de Silvio Mendes para Rafael Fonteles, tratou logo de se aproximar da gestão da qual havia se afastado. Habilidoso, recuperou seus espaços - contabilizam-se os políticos quase 800 cargos sob sua indicação na Prefeitura de Teresina - e aumentou ainda mais sua influência na prefeitura.

O plano 

Nos bastidores, fontes relatam que foi naquele ano de 2022 que Jeová Alencar desenhou o plano de desidratar Dr. Pessoa, boicotando a gestão e tornando-o inviável para concorrer em 2024. 
Cooptou secretários. Conversava a boca miúda com políticos e dizia "eu vou ser o candidato a prefeito".

Ingenuidade aguda 

Dr. Pessoa parece sofrer de uma ingenuidade aguda. Não percebia os movimentos de quem o traía dentro de seu próprio gabinete. Jeová Alencar, segundo revelou um ex-vereador, cooptou até mesmo secretários em sua missão de ocupar o lugar do velho na candidatura a prefeito neste 2024.

Maculou a imagem 

Mas o plano não funcionou. Foi longe demais e maculou a imagem do prefeito diante da população. Jeová era uma espécie de erva daninha que crescia dentro do Palácio da Cidade. Ele plantou tão bem a ideia de inviabilidade do prefeito que travou áreas importantes como comunicação e até finanças. Ninguém ousa dizer quem eram os secretários aliados, mas para bom entendedor, meia traição basta.

Enredo de novela 

Jeová Alencar abusou tanto da confiança do prefeito que recebeu do Dr. Pessoa as bênçãos para comandar o Republicanos, partido que abriga o prefeito. Parece um enredo de uma novela mexicana, mas a presidência do partido é de Jeová e quem a deu foi o próprio prefeito.

Não há traição como a dos amigos.

Quem assistiu às últimas entrevistas de Jeová Alencar pode se surpreender com a decisão do seu rompimento. O então superintendente da SAAD Sul era só elogios ao Dr. Pessoa. Mas o ditado popular já diz que "não há traição como a dos amigos". 
O plano estava sendo posto em prática, mas segundo fontes, foi mal executado.

Combinaram com os russos?

Conta a lenda que, antes do jogo contra a União Soviética na Copa de 1958, o técnico do Brasil, Vicente Feola, fazia uma preleção com um esquema extremamente sofisticado de como chegar ao gol, que seria marcado por Mané Garrincha. O anjo das pernas tortas teria então perguntado: “Seu Feola, o senhor combinou com os russos?”

Impeachment 

Jeová Alencar não contava que dentro da prefeitura de Teresina, Dr. Pessoa tivesse  aliados inteligentes e que perceberam as manobras. 
A ideia de Jeová, segundo uma das fontes, era provocar o impeachment de Dr. Pessoa.

Desidratação dos partidos 

Foi tudo pensado. "O boicote à gestão com o objetivo de prejudicar a imagem do prefeito, a desidratação dos partidos, assumir o comando do Republicanos, prejudicar a formação das chapas de vereadores para que seu filho e sua companheira tivessem vantagem na eleição proporcional, e a tentativa de impeachment, tudo orquestrado."

Vergonha de planejar 

A mesma fonte revelou que nos bastidores, Jeová trabalhou para inviabilizar a eleição do vereador Renato Berger para a presidência da Câmara e, do outro lado, viabilizar a eleição de Enzo Samuel. 
Mas Jeová não contava, no final, que Enzo teria o bom senso de não participar de algo que até Nicolau Maquiavel teria vergonha de planejar.
O mesmo Maquiavel escreveu em sua obra "O Príncipe": “Os fins justificam os meios”.

Bichinho da Parmalat 

Branco, cara  avermelhada, certamente pelo sol, Jeová Alencar faz lembrar aqueles bichinhos, os boizinhos brancos, que a Parmalat, empresa de laticínios, usou para fazer propaganda de seus produtos. E o refrão era: “tomou?”
No caso em que Jeová esteve num cargo de secretário de Dr Pessoa, a  pergunta mais apropriada seria: “mamou?”

O candidato a pedido 

Romildo Mafra está anunciando aos amigos que estará se filiando ao PSB à convite do secretário Washington Bonfim. 
Vai já ser bucha de canhão, opa, ser candidato a vereador para facilitar a eleição dos que mais contam no partido. 
 

Foto: Reprodução

Advogado Romildo Mafra volta a política e, a pedido, deve ser candidato a vereador de Teresina

Trabalho e pé no chão 

Em 1996 Romildo lançou-se de corpo, alma e o dinheiro que tinha (dele e dos amigos) candidato a vereador certo de que, à sombra de Firmino Filho e proteção do finado Wall Ferraz, seria o mais votado. 
Foi derrotado. Deve ter pego muita frieira no lamaçal da periferia porque seu slogan era: Trabalho e pé no chão”. 

Lá vem! Lá vem! 

Está na 1a zona Eleitoral de Teresina a denúncia feita pelo jornalista Petrus Evelyn sobre suposta prática de abuso eleitoral do candidato Fábio Novo (e seu futuro vice Paulo Márcio) em evento político dentro do Hospital Universitário de Teresina, semana passada. 

Apuração de ilícito 

Por ser o HU um ente federal, a denuncia também foi encaminhada para a procuradoria regional da República para apuração de eventual ilícito praticado pelo petista no âmbito cível e administrativo comum, conforme informa o procurador Alexandre Assunção ao próprio Petrus.

Foto: Reprodução

Procurador Alexandre Assunção encaminha para 1a Zona e para a PR a denúncia contra Fábio Novo e Paulo Márcio

Novo modelo de delação 

Ontem a polícia civil do Piauí, numa parceria inédita com o advogado do preso resolveu se desmentir: o delegado que prendeu o Influencer Itálllo Bruno declarou que ele e sua família não tem ligações com organizações criminosas. 
Quando foi preso, dias atrás, o rapaz foi execrado publicamente com essa acusação. 

Na delação, a mentira 

E ali, no palco, opa, no cenário, a polícia e o advogado de defesa informaram que Itallo Bruno e a família fizeram delação premiada. 
Todos sabem que delação premiada do sujeito estando preso, ele entrega até a mãe para se ver livre. 
A história mostra isso. Vejam o caso do presidente da República.

Quem ele entregou? 

Quem Itallo Bruno entregou para que a polícia retire a acusação de que ele não faz parte de organização criminosa? 
Ou ele apenas se desfez dos bens aprendidos para deixar de ser o criminoso que a polícia disse que era?

Mente e fica livre 

Então, se for assim, vale a assertiva do advogado do Itallo Bruno de que essa delação vai servir de modelo para o resto do país. 
O sujeito entrega o que amealhou no crime e fica livre. 
 

Foto: Reprodução

Nesse cenário a polícia civil se desmente: informa que o Influencer Itallo não integra organização criminosa

Indenização 

Se era inocente, portanto, não tinha relação com organização criminosa e nem “lavava” dinheiro para os bandidos, Itallo Bruno vai processar o Estado por danos morais e materiais?
Está aí uma forma de reaver tudo que a polícia tirou dele.