Fundadores da Grendene sugerem empregados doarem suas cestas básicas
Os irmãos, donos da empresa, são conhecidos por doarem milhões para políticos
A Grendene, gigante do ramo de calçados no Brasil, sugeriu que seus empregados encaminhassem itens de suas próprias cestas básicas às vítimas das inundações no Rio Grande do Sul.
Doadores generosos
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Os bilionários irmãos Alexandre e Pedro Grendene preferem doar milhões para campanhas eleitorais. Na eleição de 2022, os bilionários irmãos gaúchos doaram R$ 12,3 milhões, de acordo com dados disponíveis no portal Divulgacand, da Justiça Eleitoral.
Alexandre foi o terceiro e Pedro o quinto maior doador na última eleição.
Candidatos do Ceará
A generosidade dos irmãos Grendene voltou-se para os candidatos a governador do Ceará, Elmano de Freitas (R$ 3 milhões), a presidente, Jair Bolsonaro (R$ 2 milhões), a senador Camilo Santana (R$ 2 milhões) e Roberto Argenta (R$ 1,9 milhão).
A taxa de êxito de doações foi maior com os candidatos cearenses, ambos do PT, que com Bolsonaro e Argenta, que teve somente 2% dos votos para governador do Rio Grande do Sul.
Necessidade básica
A Grendene nega que tenha solicitado que seus funcionários doassem suas cestas, mas sim que, caso optem por doar, encaminhassem itens de necessidade básica.
Porém, a mensagem enviada aos empregados dizia: “Neste momento difícil, onde passamos pela pior tragédia de nossa história, que tal doar os itens da sua cesta básica para as pessoas que mais precisam agora?”.
Olha que papelão!
Wellington Dias de colete fazendo a distribuição de gêneros alimentícios para pessoas em armazém no Rio Grande do Sul.
E aí você perguntaria: isso é papel de um ministro de Estado?

Melhor ocupação
Sendo Wellington Dias o ocupante da pasta que cuida de programas sociais, entre os quais, o Bolsa Família, o senador
piauiense estaria mais confortável tratando da liberação de recursos para as famílias flageladas e não bancando o bate-estaca do serviço pesado.

Na cadeirada
Não se sabe quem foi, pois as imagens não permitiam identificar, mas um ministro de Lula foi escorraçado de um galpão (parecia um ginásio esportivo) por populares na base da cadeirada.
O povo, revoltado, arremessava cadeiras na direção so de cujos, que sorte dele, nenhuma o atingiu.

Grande reforço
Fabrício, o candidato a vereador que levou cearenses para bancarem a campanha de Silvio Mendes, aderiu a Fábio Novo. E, parece, sem o dinheiro dos cearenses.
Mas deve ser de grande ajuda para o candidato do PT tamanho o barulho que se fez em torno de sua adesão.
Lembrando que na última eleição ele teve quatro votos.

Estratégia da “reunião”
O comando do movimento Polícia Legal parece que ainda não notou a estratégia do governo em relação às suas demandas: é fazer reunião. Já marcaram outra.
E marcarão outras e outras até passar a eleição.
A advertência
Aliás, mandaram para a coluna uma postagem de um policial em grupo da categoria que é muito sensata e os adverte sobre o que de pior pode acontecer “Vou repetir pra dps não dizerem que ninguém avisou ou que falar dps é facil: esses caras (do governo) vão enrolar até outubro. Depois disso a gente pode fazer até greve que eles não estão nem aí. Depois das eleições a gente não consegue mais nada! A hora de apertar ainda mais é agora!”.
Valorização de policiais
Foi sancionada quinta-feira pelo governador Rafael Fonteles (PT) a Lei Nº 8.380, que institui a Política Estadual de Valorização dos Profissionais de Segurança Pública do estado do Piauí.
Segundo a norma, seu objetivo é promover o reconhecimento, a valorização, o fortalecimento das condições de trabalho, qualidade de vida, saúde física e mental, segurança e desenvolvimento pessoal dos profissionais ativos, inativos e seus familiares, vinculados às instituições de segurança pública estaduais.
Nada de salário
A lei menciona ambiente de trabalho adequado, formação continuada, controle de estresses e, olha só, educação financeira.
Mas não cita uma única vez qualquer dispositivo que assegure uma política salarial para os policiais.
Deve ter sido esquecimento do autor da lei, o petista Rubens Vieira.
Os donos do dinheiro 1
Impressionante a forma patrimonialista de fazer política de muitos desses sujeitos que chegam a constituir grande patrimônio as custas do dinheiro público. Enriquecendo também a família e os que lhes são próximos.
No Piauí a maioria age assim, mas não tem igual ao senador Marcelo Castro.

Os donos do dinheiro 2
Veja-se o caso do Dnit, onde colocou um cunhado (o famoso Tião Sorriso e some-se quantos milhões ao longo da gestão foram destinados a empresas da família e dos amigos.
Os donos do dinheiro 3
O senador chegou a mandar alguns milhões para a prefeitura de São Luís (MA), gestão João Castelo, aplicar na área da saúde.
Quando se imaginava tratar-se de um gesto altruísta do piauiense “ajudando” os maranhenses, descobriu-se e denunciou-se que o dinheiro era para pagar a empresa do irmão, o médico Flávio, falecido em 2021.
Os donos do dinheiro 4
O Ministério Público Federal tem investigado a movimentação de todo dinheiro da lavra do parlamentar e de muitos outros e tudo só mostra que sempre tem um parente ou apaniguado sendo o beneficiário final.
Quando perguntado ele diz que não sabe de nada.
Os donos do dinheiro 5
Então, não seria exagerado afirmar que hoje a grande especialidade do senador de São Raimundo é transformar a coisa pública em coisa privada.
Dele, da família, dos amigos.
Populismo cultural
No Brasil dos populismos, o político é mais conhecido. Tem o populismo fiscal e ainda o populismo judicial.
Em todos eles facilitam-se as coisas como se tudo pudesse ser fácil e simples.
Ocorre agora o populismo cultural, que consiste em criar a ilusão de que tudo pode ser considerado patrimônio cultural, seja material ou imaterial
Toda festa é patrimônio
A Assembleia Legislativa do Piauí, sempre muito eficiente na produção de leis para concessão de cidadania honorária e para reconhecimento de utilidade pública, agora navega no extenso mar do populismo cultural, que consiste em votar leis que reconhecem isso ou aquilo como patrimônio cultural.
Facilidade para ter dinheiro
Mas todos sabem que existe um fundo nisso: uma vez que qualquer coisa possa ser considerada patrimônio cultural, cria-se facilidade para conseguir dinheiro público a financiar a tal coisa.
Fora da curva
No meio disso, foi sancionada esta semana uma lei resultante de projeto da deputada Gracinha Mão Santa que declara Patrimônio Cultural Material do Estado do Piauí o Grupo Unificado de Apoio a Diversidade Sexual de Parnaíba - Grupo Guará e Declara Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Piauí a Parada LGBTQIAPN+ de Parnaíba.
Haja populismo cultural e interesse em que essa facilitação legal abra os cofres públicos para todo festejo.

Mais dois populismos
Na mesma senda do populismo cultural, foram sancionadas na quinta-feira mais duas leis
A Lei Nº 8.377, resultante de projeto do deputado Ziza Carvalho, que declara Patrimônio Cultural Imaterial do estado do Piauí o Festejo de São João Batista, realizado anualmente na cidade de São João da Fronteira e o inclui no Calendário Oficial de Eventos do estado do Piauí.
E a Lei Nº 8.375, resultante de autoria da deputada Elisângela Moura, que faz da Feira Municipal da Agricultura Familiar e Economia Solidária de José de Freitas, Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do estado do Piauí.

Paixão e Torquato
Na onda de declarar festividades e eventos patrimônios culturais, a Lei 8.374, de autoria do deputado estadual Marcus Kalume, do PT, declara como patrimônio cultural de natureza imaterial do estado do Piauí a encenação da Paixão de Cristo, na cidade de Floriano.
Outra lei, de número 8.373, de autoria da deputada estadual Elisângela Moura, PCdoB, torna a Semana Cultural Torquato Neto do Município de Monsenhor Gil patrimônio cultural de natureza imaterial do estado do Piauí.
Dinheiro não aceita desaforo.