Prefeitura de Teresina move ação contra leilão do saneamento

Outras prefeituras, que não concordam, também judicializarão suas vontades

A Prefeitura de Teresina ingressou com ação cautelar para suspender o leilão realizado pelo governo do Estado para a privatização do sistema de sanemanto da Agespisa. 
A medida será analisada em primeiro grau pelo juiz da Fazenda Pública, Dr. Litelton.

Foto: ReproduçãoDr. Pessoa
Dr. Pessoa é contra o leilão do saneamento

Ação principal

A ação principal deverá ser interposta nos primeiros dias de dezembro, e a argumentação da prefeitura de Teresina é no sentido de que não poderia haver o leilão estando carecendo de decisão judicial sobre qual área poderia ser privatizada, uma vez que objeto de ação de inconstitucionalidade da criação das micro regiões de água e esgoto, promovidos por lei da assembleia Legislativa, o que inviabiliza as áreas de propriedade do estado a serem privatizadas.

Falida? 

Um atento leitor da coluna estranha que se refira à Agespisa como “empresa falida”. Ontem mesmo se escreveu aqui.  

E saqueada

Ele diz que a Agespisa nao é falida, é saqueada.
E mostra que a empresa arrecada R$ 40 milhões e só gasta R$ 14 milhoes com a folha de pessoal. Logo, não pode aer chamada de  falida. Saqueada, seria a terminologia mais apropriada.    

Plano de saúde

Essas obras se encaixam nos propósitos privatistas. 
Enquanto o governo torra R$ 20 milhões em obras que deveriam sair do cofre da empresa que a comprou, a Agespisa está com o plano de saúde dos funcionários suspenso por falta de pagamento.

Separados 
 
José Santana será candidato a deputado federal, mas já sabe que não terá nem o voto da ex-mulher, a deputada Ana Paula
Falam que ela ja se acertou com o deputado Jadyel.

Foto: Assessoria da AlepiZé Santana, presidente da Agespisa, deve explicar porque em Parnaíba, se vai produzir 7 mil agendas. E para que elas servirão?
José Santana não terá voto e apoio de Ana Paula

Bons advogados 1

As investigações da Polícia Federal agora colocam peixes graúdos na rede de arrasto que levou à prisão milhares de bagrinhos depois de 8 de janeiro. Jair Bolsonaro é um desses tubarões e de pouco adiantará o uso de redes sociais para disseminar esforços desconstrutivos contra isso.

Bons advogados 2
 
Bolsonaro e os peixes grandes que as redes começam a capturar deveriam mesmo era contratar bons advogados.
Não apenas bons, mas dedicados, do tipo Cristiano Zanin.

Juristas na esquerda

Ricardo Salles, o ex-ministro antiambientalista do Meio Ambiente, disse à UOL que “os melhores criminalistas do Brasil, ou a maioria dos melhores criminalistas, são  de esquerda e muitos dos quais são meus amigos pessoais”.
Ou seja, Bolsonaro, pela visão de Salles, precisará da ajuda de um esquerdista.
 

Na embaixada

Sílvio Mendes se reuniu na quarta-feira em Londres com o embaixador brasileiro no Reino Unido, Antônio Patriota.
O prefeito eleito disse em redes sociais que agradeceu mais uma vez a Patriota pela forma como o diplomata o recebeu em Washington, quando foi assinar o contrato com o Banco Mundial para o Projeto Lagoas do Norte.

Instituto Índigo

O prefeito eleito de Teresina está na capital inglesa a convite do Instituto Índigo, do União Brasil, para conhecer “experiências de sucesso que levaram Londres a ser reconhecida como a cidade mais ´magnética´ do mundo pelo nono ano consecutivo, de acordo com a Global Power City Index (GPCI)”. 
Segundo o partido, “a ideia é coletar o máximo de dados que possam enriquecer a gestão dos municípios no Brasil.”

Piauí-China

Rafael Fonteles esteve no jantar que Lula ofereceu ao presidente chinês Xi Jimping. 
O governador esteve naquele país em visita para prospectar negócios – o que parece bem razoável porque o Piauí, como o Brasil, tem na China o maior importador de seus produtos.

Meio século

Brasil e China celebram 50 anos de relações diplomáticas e comerciais restabelecidas em 1974 durante o governo do general Ernesto Geisel.
Um ponto a ser destacado é que o primeiro embaixador do Brasil na China foi Aluísio Napoleão, pai do ex-governador Hugo Napoleão.

Juiz e vitima

Informa a Folha de S Paulo que no texto em que autorizou a operação da Polícia Federal realizada na terça-feira, 19, “Alexandre de Moraes foi o principal personagem de sua própria decisão, reproduzindo 44 citações a si mesmo.”

Ciro com o PT?

Olha só que coisa: tem gente de alta patente na aliança governista do Piauí a informar em conversas com lideranças no interior do Piauí que em 2026 pode haver mais de um senador com mandato no palanque de Rafael Fonteles.
O nome do senador: Ciro Nogueira.

A razão disso

Apesar do discurso antiPT, Ciro teria a simpatia pessoal de Lula.
Parece coisa de doido, mas no Brasil política não foi feita para ser compreendida por uma mente saudável.

Ineditismos

Dois detalhes inescapáveis sobre a escolha do desembargador Téssio da Silva Tôrres como presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (TRT-22) para o biênio 2025/2026: ele é certamente o primeiro homem negro a presidir aquela corte e o que assumiu o comando com menos tempo de exercício da magistratura trabalhista, apenas dois anos.

Foto: Téssio TorresDesembargador Téssio Torres é eleito presidente do TRT-PI
Tessio Torres, o novo presidente do TRT, tem apenas dois anos de ingresso ao tribunal

Corregedora

O TRT Piauí terá em janeiro como vice-presidente a desembargadora Basiliça Alves da Silva, que também assumirá a função de corregedora.

Passado escravocrata

UOL diz que governador e senador do Piauí têm antepassados ligados à escravidão

Foto: DivulgaçãoCiro Nogueira
Ciro Nogueira relacionado como de família escravocrata

Elite politica 

Embora essa não seja exatamente uma novidade, dado o fato de que a maior parte da elite política brasileira é branca ou se diz branca, o portal UOL listou o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT) e o senador Ciro Nogueira (PP) a antepassados que estiveram ligados à escravidão.

Foto: Reprodução/Instagram/Rafael FontelesRafael Fonteles
Rafael Fonteles entre os governadores cujas famílias tinham escravos em tarefas domesticas

Fonte alemã

O texto da UOL se baseia em trabalho da Agência Pública e do site alemão DW. Trata-se do Projeto Escravizadores, uma investigação inédita da agência veiculada pela DW, que mapeou os antepassados de mais de cem autoridades brasileiras do Executivo e Legislativo para identificar se havia casos de uso de mão de obra escravizada.

33 nomes

O que se apurou é que 33 dos 116 nomes pesquisados apresentaram antepassados com ligação à instituição escravocrata – o que pode até ser pouco, considerando que no Brasil o poder está mais para grande do que para senzala.
Convém informar que, conforme realça o site UOL e a DW, muitos dos políticos sequer sabiam dessa ligação de seus antepassados à escravatura.

Presidentes

Foram investigados oito ex-presidentes da República e quatro têm antepassados ligados à escravidão: José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e Itamar Franco.
Se olhassem para a Primeira República, os investigadores teriam visto mais gente.

Senadores 1

Dos 81 senadores brasileiros,16 têm antepassados que estão ligado à escravidão, entre eles Ciro Nogueira, do PP do Piauí.
Marcelo Castro (MDB), cuja família tem antepassados ligados ao mandonismo nos sertões, escapou de ter um passado escravocrata. Justo ele que criou uma cidade para homenagear o avô, Coronel José Dias, homem nascido no século XIX.

Senadores 2

Além de Ciro Nogueira, a lista inclui os senadores Dos 81 senadores, 16 — um quinto — também se enquadram nessa situação. Augusta Brito (PT-CE), Carlos Portinho (PL-RJ), Carlos Viana (Podemos-MG), Cid Ferreira Gomes (PSB-CE), Efraim Filho (União-PB), Fernando Dueire (MDB-PE), Jader Barbalho (MDB-PA), Jayme Campos (União-MT), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Marcos do Val (Podemos-ES), Marcos Pontes (PL-SP), Rogério Marinho (PL-RN), Soraya Thronicke (Podemos-MS), Tereza Cristina (PP-MS) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PP).

Ciro e seu passado

Segundo o estudo, o que liga Ciro Nogueira a antepassados que usaram mão de obra escrava é seu parentesco com Simplício de Sousa Mendes, seu tataravô, que foi presidente da província do Piauí por quatro mandatos.
Nascido em 1823 e falecido em 1892, Simplício.
O quinto avô de Ciro era o tenente-coronel Antônio de Sousa Mendes, nascido em 1793 e falecido em 1871 e de acordo com uma publicação de 1853 do jornal O Constitucional, Antônio teria tido pessoas escravizadas.

Os governadores

Além de Rafael Fonteles, na lista dos governadores com ascendentes ligados à escravidão, a Agência Pública outros 12 dos 27 mandatários estaduais: Carlos Brandão Júnior (PSB-MA), Cláudio Castro (PL-RJ), Eduardo Riedel (PSDB-MS), Fátima Bezerra (PT-RN), Gladson Camelli (PP-AC), Helder Barbalho (MDB-PA), João Azevêdo (PSB-PB), Jorginho Mello (PL-SC), Raquel Lyra (PSDB-PE), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).

Como assim?

O caso de Rafael Fonteles é bem interessante porque ao que se sabe o governador têm ascendentes paternos no Ceará, o Estado que primeiro pôs fim à escravidão no país, e pelo lado materno tem origem árabe – cuja imigração no Piauí se dá no final do século XIX e começo do XX.

Porém

O Projeto Escravizadores indica que o mais antigo ascendente do governador do Piauí é um homem português chamado Manoel Ferreira Fonteles (1687-1761) que emigrou para a Capitania de Pernambuco no início do século XVIII. Manoel aparece no assento de batismo junto com um casal de escravizados que seriam de sua posse.

O que diz o estudo

Porém, segundo o estudo da Agência Pública, não se precisaria exatamente ser da elite econômica para ter uma relação com trabalho escravo. Havia a possibilidade de se ter escravos para tarefas domésticas em áreas urbanas; usar o trabalho de escravos de ganhos (ou “alugados” por seus “donos”), 

Para saber mais:
https://apublica.org/especial/projeto-escravizadores-investigacoes-sobre-escravidao-no-brasil/

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