Sindicato anuncia para segunda-feira greve dos professores no Piauí
Há 11 anos não se realiza concurso para professores no Estado
Greve de professores
Marcada para começar na segunda-feira, a greve de professores da rede pública estadual de ensino pode ser um movimento parecido com o vento em Teresina, bem parado.
A razão disso é que nos últimos oito anos todas as greves terminaram sem ganhos para a categoria.
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Predio da Secretaria da Seduc:
A greve a anunciada para proxima semana não rendeu ganhos para a categoria em anos anteriores
Sem concurso
Faz 11 anos que o governo do Piauí não realiza concurso para professores.
Nesse mesmo período, fez oito concursos públicos na área de segurança pública – três para PM, dois para bombeiros militares, um para policial penal, outro para policiais civis e um para delegado.
Sem greve
Sem concurso para professor, crescente número de professores efetivos se aposentando ou mudando para outras carreiras mais promissoras, o quadro do magistério público estadual foi se firmando com professores substitutos – que pela fragilidade jurídica de seus contratos não fazem greve.
Temporários
Segundo o Sindicato dos Professores (Sinte), haveria 20 mil trabalhadores temporários na área da educação pública estadual.
O número parece exagerado, mas não é exagero dizer que mais da metade dos professores do Piauí atualmente são celetistas, ou seja, contratados precariamente e sem concurso.
Os contratos
A precarização dos contratos é apenas um aspecto do desfazimento da carreira do magistério público estadual ao longo das últimas duas décadas.
Em 2012, por exemplo, durante a gestão de Wilson Martins, os professores perderam a gratificação por regência em sala de aula.
Disjuntor gigante
Com texto confuso e pouco objetivo, o jornal O Estado de S Paulo traz em sua edição impressa deste sábado a informação de que o governo determinou que empresas de energia eólica e solar instaladas principalmente no Nordeste “desligassem” a geração por razões de segurança no sistema elétrico. O caso foi judicializado.

Corte na carne
Segundo o texto do Estadão, o Operador Nacional do Sistema (NOS) e a Agência Nacional de Energia Elétrica adotaram medidas restritivas ao tráfego da energia eólica e solar.
As medidas, segundo o ONS, visam a garantir a estabilidade e segurança do sistema elétrico nacional, mas têm gerado preocupações significativas entre as empresas do setor, impactando diretamente sua capacidade de geração de caixa e a expansão de suas operações em 2024.
Risco
O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), diz que “o impedimento na geração provoca uma insegurança que pode afetar novos empreendimentos.
Diz Rafael
“Os ministérios ficaram de analisar e nos responder; espero que isso ocorra em um ou dois meses”.
O risco é de que com menor receita porque geram menos energia as empresas quebrem e causem rombo em instituições financeiras estatais como o Banco do Nordeste;
Discussão
O governador do Piauí, que preside o Consórcio Nordeste, que reúne governantes da região, diz que ele e os demais colegas alertaram “o governo federal para a problemática e estamos discutindo internamente”.
Queda
O governador e as empresas falam de algo real: as restrições à geração de energia eólica têm o potencial de reduzir a receita das usinas, pois limitam a quantidade de energia que pode ser comercializada no mercado livre ou regulado.
Coice
Em um cenário onde as receitas são diretamente proporcionais à quantidade de energia gerada e vendida, as medidas do ONS podem resultar em uma queda significativa na geração de caixa das empresas do setor eólico em 2024.
Defasagem 1
Desde 2019, o governo do Piauí não paga o reajuste que o MEC estabelece para o piso de professores, sob alegação de que a remuneração já contempla o valor.
Há uma confusão deliberada entre vencimento básico e remuneração final – que inclui, por exemplo, vantagens pessoais.
Valor da perda
Pelo cálculo do Sindicato dos Professores, a defasagem do piso do magistério é de 64,65%, resultante do não pagamento dos reajustes em 2019 (4,17%), em 2020 (12,84%) e em 2022 (33,24%).
Metade
Em 2023, o governo até deu reajuste de 14,65% no piso do magistério, mas apenas para as classes A e B.
No ano passado, pagou 3,62% para as classes A, B e SL. Pessoal com mestrado e doutorado ficou a ver navios.
Menos ainda
Neste ano, segundo o Sinte, o reajuste de 6,27% somente foi pago para complemento às classes A, B, SL, SE, nos níveis I, II e II.
A demais classes não tiveram ganhos.
Boquinha
Candidato derrotado na tentativa de ser vereador de Teresina, o ex-tucano Francisco Canindé vai bater ponto na Secretaria de Planejamento.
Ele foi nomeado nesta semana como assessor do secretário de Planejamento, Washington Bonfim.
Pague o que deve!
Sabe-se nos bastidores da Câmara que um vereador foi cobrado pessoalmente por um agiota dentro da casa legislativa. O homem que “emprestou” dinheiro para campanha e só Deus sabe para qual fim, foi in loco e entrou em busca do vereador ‘enrolão’ que se escondeu e pediu para a segurança ser reforçada.
Moi de taca
Com esses perigos eleitorais, a casa que tem tantos problemas para resolver da capital, agora vive sobre risco de um dos membros da casa levar um ‘mói de taca’ por ter pego e não pago.
Volta, Charles
Tem gente articulando para que Charles da Silveira volte. Mas sendo ele irascível e opinioso, tanto quanto o prefeito, o trabalhado é árduo e difícil, tal como pisar em ovos.

Clima
Existe uma frente ampla de vereadores e secretários que tentam que o clima seja apaziguado e Charles retorne.
O presidente da câmara, Enzo Samuel e Petrus Evelyn, parecem até estarem do mesmo lado. Ambos concordam que Charles é homem sério e honesto, que deve voltar.
Mantendo o tom
Marco Antônio Ayres e Daniel Pereira, também tentam manter o tom apaziguador entre o secretariado silvista.
É preciso portanto cautela.
Dudu, o sensato
Veja só, Eduardo Borges — Dudu — é um dos poucos vereadores que entendem a máxima do “apoia-se, mas não dobra-se”.
O vereador petista não tem atrapalhado a gestão de Silvio, não pediu cargos e não moderou o discurso.

Cobrança
Mas o vereador tem cobrado da prefeitura explicação sobre gastos, como advogados contratados pelo executivo por exemplo, dando um tom de moderação e sensatez.
Modus operandi
Dudu ajuda onde pode e cobra onde deve, fazendo valer para o que foi eleito.
Samantha, o destaque
Samantha Cavalca é outra vereadora que tem sido rápida no gatilho. Vinda do jornalismo, a vereadora faz escola e ela parece saber o momento certo de dar suas tiradas sarcásticas e cortes certeiros, que pegam dos secretários do prefeito ao vereador petista da oposição.

Pautas comuns
Ela se destaca também por ter unido todos os espectros em torno de pautas comuns.
Se o vereador petista e o bolsonarista entram no bar — e isso não é um começo de uma piada — eles estão negociando pautas pela cidade, e Samantha é a mulher que tem feito isso. Ela tem dado um passo atrás para chegar com larga vantagem no fim da corrida.