Direto da Redação: Piauí é onde mais roubaram dos aposentados

Mas nenhum deputado do Piauí - aliado ou opositor de Lula - defendeu os aposentados

Roubalheira

Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL/RO) denuncia que há na estrutura do Ministério da Previdência Social um “consórcio criminoso” a operar com o conhecimento - e a omissão - do agora ex-ministro Carlos Lupi.

Foto: ReproduçãoDeputado coronel Chrisóstomo aponta o dedo para a omissão de todos os deputados federais. Coniventes ou omissos com a roubalheira do INSS?
Deputado coronel Chrisóstomo aponta o dedo para a omissão de todos os deputados federais. Coniventes ou omissos com a roubalheira do INSS?

Foco no Piauí

Diz o deputado federal rondoniense que o Piauí é o estado em que mais roubaram dos aposentados.
Ele se queixa que mesmo diante da gravidade do dado, reina o silêncio entre os deputados federais do Piauí. Nenhum deles - aliado ou opositor ao governo Lula - se pronunciou em defesa dos idosos lesados. 

Foto: ReproduçãoDeputados federais do Piauí
O Piauí tem 10 deputados federais. Todos são suspeitos, segundo o Coronel Chrisóstomo, de convivência, omissão com a roubalheira contra os aposentados. Foi no Piauí onde roubaram mais

Sem assinaturas 

Informa que nenhuma assinatura de deputados do Piauí foi dada ao pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito proposta para investigar a roubalheira do dinheiro dos aposentados.
A pergunta que paira, incômoda, é inevitável: o que temem? Por que tamanha subserviência? 

Tudo quieto

A mesma postura tem sido adotada por 100% dos deputados estaduais e 100% dos vereadores. Nem mesmo o comandante-em-chefe do Estado, o governador Rafael Fonteles, do Partido dos Trabalhadores, teceu uma única frase sobre o consórcio criminoso operado de dentro do INSS, em Brasília. 

Silêncio ensurdecedor

O silêncio da bancada piauiense também é ensurdecedor. Nenhuma nota, nenhum discurso, nenhum gesto de indignação. A omissão diante da denúncia de que o Piauí lidera o ranking do roubo aos aposentados é vergonhosa. Se não é cumplicidade, é covardia.

Wellington tava lá

A midia nacional ja informou que Wellington Dias esteve em varias reuniões com os supostos fraudadores no INSS. 
Ele também anda pianinho, em silencio ensurdecedor.
Mas vamos esperar o fim das investigações.
Onde há fumaça, há fogo. 

A raposa cultural

Carlos Anchieta, ex-secretário de Cultura, investigado pela Polícia Federal por desvios de recursos da Lei Aldir Blanc, postou vídeo em que celebra a aprovação pelo Senado, de projeto que prorroga os efeitos da lei.
É assim mais ou menos como se a raposa celebrasse a chegada de novos moradores no galinheiro.

Investigação

Ah, mas Justiça Federal arquivou o inquérito da Polícia Federal que investigava o favorecimento de agentes públicos e pessoas jurídicas em editais culturais, promovidos em 2020 pela Secretaria de Cultura do Piauí (Secult), e custeados com recursos da Lei Aldir Blanc.
O arquivamento livra as pessoas da investigação, mas não elimina o fato de que houve os desvios.

Questão formal

Anchieta, que agora celebra a expansão de gastos com a Lei Aldir Blanc, deixou de ser investigado não porque era inocente, mas porque tinha prerrogativa de foro, ou seja, só poderia ser alvo de investigações policiais com autorização de tribunal superior – ou seja, se livrou das acusações pelas formalidades da lei, não pela ausência de uma malfeitoria, aliás, comprovada pela PF.

O vídeo de Anchieta

Conversa bovina

Vamos usar uma frase analógica, antiga, mas que funciona, para definir as declarações do governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), ao dizer que aqui, antes da China e dos EUA, tem aula obrigatória de inteligência artificial: isso é conversa para boi dormir.

Foto: Reprodução | Governo do PiauíRafael Fonteles
Rafael Fonteles mostrando que o Piauí passou da China em Inteligência Artificial. Só falta ter boa internet, pelo menos

Desinformado?

Inteligente, matemático, o governador com certeza não deve estar desinformado sobre o fato de que a maioria das escolas do Piauí tem acesso precário à internet de alta velocidade; que o sistema de registros de aulas do estado, o Iseduc, vive dando bug; que a maioria das escolas não tem computadores em quantidade suficiente para garantir aulas interativas. 
Isso tudo sem falar nas demais precariedades. No detran, por exemplo, onde o sistema só vive dormindo.

Dead line 

Ciro Nogueira é um aliado fiel a Bolsonaro, mas se guia pelo pragmatismo. Assim, em uma série de entrevistas, declarou que há um tempo hábil para que o ex-presidente defina sua posição na eleição presidencial. Essa data é o mês final do ano, dezembro. Depois disso é preciso ter um candidato da direita, com ou sem o apoio de Bolsonaro.

Dead line 2

Seguindo esta linha de raciocínio de aliados do ex-presidente, O vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), afirmou que não acredita em uma candidatura de “última hora” de Tarcísio de Freitas (Republicanos) a presidente da República no lugar de Jair Bolsonaro.
Ou seja, o nome de Tarcísio, se tiver de ser escolhido, tem que ser ainda em dezembro.

Lugar inadequado

A Previdência Social, com ou sem ministério, não deveria ser um espaço administrativo ocupado por políticos – mais ainda aqueles que representam interesses partidários, alguns bem inconfessáveis.
Mas desde que os civis voltaram a ter um representante sentado na cadeira de presidente, tem sido assim. 
E os resultados têm sido os piores possíveis.

Proibição

Deveria haver uma lei proibindo políticos de cuidar da Previdência, porque político cuida de seu futuro imediato – as eleições regulares a cada quatro anos.
Previdência lida com o futuro das pessoas, no outono da vida delas e deixar que isso seja gestado por quem pensa no futuro como eleição a cada quatro anos, é o mesmo que enterrar o futuro dos contribuintes do INSS.

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