Júlio e Amauri: a dobradinha de um segundo voto fatal
O eleitor vota com o coração no primeiro e com o fígado no segundo
O segundo voto
Subestimar o “segundo voto” é o erro clássico de quem só olha pesquisa e ignora a padaria. O atual deputado federal Júlio César não precisa ser o primeiro amor do eleitor — basta ser o voto útil. E com o atual 2º suplente de Wellington Dias, José Amauri ao lado — este, um especialista em suplências —, a estratégia ganha um ar de conspiração vitoriosa.
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Coração
O eleitor vota com o coração no primeiro e com o fígado no segundo. O milionário Marcelo Castro que se cuide. Já vimos esse filme — e o final nunca é feliz para quem entra de salto alto, endinheirado, comprando tudo e todos, achando que já venceu. E comprou tudo!
O pé quente e o pé na porta
Amauri, aquele que já foi suplente de Ciro Nogueira e Elmano Ferrer ao mesmo tempo — um caso inédito na política institucionalizada —, agora ensaia mais um movimento cirúrgico: empurrar Marcelo Castro para fora da cadeira de senador com a suavidade de um coice de jegue.


Júlio, eterno
Júlio César, seu aliado de longa data, articula nos bastidores, enquanto sua esposa já aquece a cadeira de Wellington Dias. O clã já tomou conta do Senado em caráter temporário. E agora quer fazer da interinidade uma eternidade.
Marcelo e o eco do bode
Marcelo Castro parece aquele personagem esquecido numa peça de teatro: entra mudo e espera sair ovacionado. Acontece que o roteiro mudou. O palco agora é dividido com Júlio César, que terá Amauri nos bastidores, e o velho bode de Marcelo já não impõe respeito nem no curral do PT. Segue pondo catinga na sala.

Basta uma piscada
O partido exige uma vaga para chamar de sua. Mas, se Wellington e Rafael piscarem, Juçara continua, Júlio avança e Marcelo... bom, esse vai precisar gastar muito do dinheiro que não é seu — ops, das emendas parlamentares.
Olha os milhões
Só para ter uma ideia, se o senador tem problema, deve ser com os votos, porque, segundo o site da transparência, de janeiro até agora, neste 2025, Marcelo mandou para as várias construtoras da família R$ 227 milhões.
É pouco? Até a próxima eleição haverá mais. Se o MP não parar essa farra.
No olho da rua
A partir de hoje, os últimos 300 funcionários da Agespisa que não aderiram ao PDV podem se considerar com o pé na calçada da empresa.
Já foram avisados da demissão.
Sem choro.

Reeleito
Paulo Borges vai ficar mais quatro anos a frente do IFPI. Reeleito.
A reeleição de Paulo Borges reafirma a confiança da comunidade acadêmica no trabalho que vem sendo desenvolvido à frente da gestão institucional, com foco na expansão, inovação e fortalecimento do ensino, pesquisa e extensão no IFPI.
Diretores do IFP
Também foram eleitos Samara Viana Lacerda (campi de Angical),
Danilo alves (Campo Maior)
Raimundo Pio Junior (Cocal),
Israel Rocha (Corrente);
Edenise Pereira (Floriano),
Ewerton Gasparetto (Jose de Freitas),
Paulo Henrique Bueno (Oeiras);
Parnaíba: Gelson Luiz Clemente Rodrigues
Paulistana: Vinícius Dias de Carvalho
Pedro II: Raimundo Nonato Alves da Silva
Picos: Lourenílson Leal de Sousa
Pio IX: Cillas Pollicarto da Silva
Piripiri: Paulo César Lopes de Arruda
São João do Piauí: Gerffeson Thiago Mota de Almeida Silva
São Raimundo Nonato: Eptácio Neco da Silva
Teresina Dirceu Arcoverde: Liana Siqueira do Nascimento Marreiro Tomaz
Teresina Central: Franciéric Alves de Araújo
Teresina Zona Sul: Germano Lúcio Pereira Moura
Uruçuí: Dayonne Soares dos Santos
Valença: Jonilsom Alves Pereira
Isto é no Piauí
As facções criminosas estão cada vez mais ousadas, vivas e fortes, usando o dinheiro farto, sujo e fácil para controlarem negócios, nos mais diversos segmentos. Inclusive no Piauí.
Isto é no Piauí 2
Além de empresas de vendas de livros e negócios de importação pelo contrabando ou descaminho, os negociantes criminosos controlam 25 postos de combustíveis no Piauí, e quase mil no Brasil. Uma afronta e uma vergonha.
Lavagem além do tráfico
O setor de postos de gasolina virou rota de interesse de lavagem de dinheiro e expansão silenciosa do narcotráfico. O estado de São Paulo lidera o terrível ranking com 290 postos sob domínio do crime organizado. E as estatísticas estão certamente desatualizadas.
Lavagem além do tráfico 2
Depois de se infiltrarem no setor de transporte coletivo em várias capitais e cidades do interior, os grandes grupos criminosos passaram a investir em outras atividades econômicas de fachada para lavarem dinheiro, expandirem influência e se consolidarem como “empresários” vigorosos nas sombras.
Lavagem além do tráfico 3
Até mesmo o segmento da política não escapou dessa sanha por ativos que sejam iscas frágeis para a contabilidade e os negócios, que envolvem ameaças, chantagens, agiotagem, e várias formas de persuasão e pressão contra donos de negócios em dificuldades financeiras, ou candidatos a mandatos eletivos sem lastro para se tornarem vitoriosos.
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Já tem quem diga que as escolas de ensino superior são o próximo alvo dessa gente, o que evidencia o risco de que a nossa juventude chegue ao cúmulo de ser treinada regularmente para o crime, e cooptada mais facilmente pelas organizações criminosas. Onde já se viu?
E a polícia?
Vem cá! Apesar de algumas melhorias no serviço de inteligência da polícia, não se pode deixar de criticar que a Secretaria de Segurança continue de olhos fechados para esse mal maior que se infiltrou nas entranhas de poder no Piauí, o que exige ainda mais investimentos, mais trabalho policial, e coragem de colocar na cadeia os verdadeiros vilões que tentam controlar as instituições.