Direto da Redação: os votos do Piauí no IOF
Os que não votaram parecem que ainda buscam atender seus interesses no governo local
Os contra e…
Quem votou contra o aumento do IOF na bancada do Piauí: Átila Lira (PP), Jadyel Alencar (Republicanos), Júlio Arcoverde (PP).
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A favor: Dr. Francisco (PT), Flávio Nogueira (PT), Florentino Neto (PT), Merlong Solano (PT).
Não votaram: Júlio César (PSD), Castro Neto (PSD) e Marcos Aurélio Sampaio (PSD).

Olha, olha!
O não voto, neste caso, diz mais do que o voto contra e o a favor, porque os que não votaram parecem ainda buscar atender seus interesses no governo local.
Os não votantes são, respectivamente, postulantes a uma vaga de senador na chapa governista (Júlio César), um filho de senador que quer garantir o mandato (Castro Neto, filho de Marcelo Castro) e o terceiro, Marcos Aurélio Sampaio, filho do preterido vice-governador Themístocles Filho.
Hidrogênio tá on
Tem uma boa notícia para o processo de instalação da Planta de Hidrogênio Verde em Parnaíba: os senões levantados pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). A Agência Nacional de Energia Elétrica deu parecer em favor da Solatio Hidrogênio Piauí Gestão de Projetos Ltda., para que o ONS interrompa a análise de quaisquer pedidos de acesso que possam prejudicar as solicitações da empresa quanto à Unidade Consumidora Solatio H2V Piauí, até o esgotamento da esfera administrativa.
Jovem cientista
O governo do Piauí criou, por lei estadual publicada na quarta-feira, o Programa Jovem Cientista, que vai dar apoio financeiro a estudantes das redes públicas (estadual e municipal) e de escolas privadas para a apresentação de trabalhos científicos em eventos regionais, estaduais, nacionais e internacionais de ensino, pesquisa ou extensão.
Note-se o seguinte: o programa vai financiar a exibição dos resultados da pesquisa, não a pesquisa em si.
A ideia de jerico acolhida pelo Palácio de Karnak é do deputado estadual Marden Meneses, expulso do PP recentemente.

Passagem e hospedagem
Diz a lei que o apoio financeiro consistirá no custeio, pelo Estado, de despesas com taxas de inscrição em eventos, custo de deslocamento, hospedagem e alimentação.
O autor da lei esqueceu, por exemplo, que, se a pesquisa for ser apresentada em banner, há um custo — mas esse fica para o aluno e o professor orientador, né?
Objetivos
Segundo a lei, um de seus propósitos é “promover a participação ativa dos estudantes no meio acadêmico e científico, incentivando a pesquisa e a produção de trabalhos de cunho científico”.
Outro é “divulgar as potencialidades e iniciativas de nosso Estado”. Ou seja, a ciência vale menos que a publicidade e a propaganda oficial.
Vulgarização
Embora o conceito de patrimônio imaterial tenha surgido para proteger bens culturais imateriais sob risco, no Piauí essa ideia foi vulgarizada pela política. Assim, tudo que é festa, festa e celebração agora é ou será patrimônio cultural imaterial, com base na lei, na ciência antropológica.
Mais um
Dentro dessa ideia de que, por iniciativa legislativa, qualquer evento pode ser declarado patrimônio cultural imaterial, uma nova lei estadual reconhece o Festival de Verão de Parnaíba como patrimônio cultural imaterial do Estado do Piauí.
A iniciativa da lei é da neogovernista deputada estadual Gracinha Mão Santa, do PP.
Festança
No ano passado, a edição deste festival foi marcada por uma série de shows financiados com recursos públicos, através da Secretaria de Turismo.
Entre os que se apresentaram em 2024 no evento que agora é parte do patrimônio cultural imaterial do Piauí estão o cantor cearense Wesley Safadão e a banda paraense Som e Louvor, que faz música evangélica.
Até tu, Rui?
Rui Falcão, uma das vozes mais eloquentes no PT, votou contra o governo na avassaladora derrubada do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras.
Um recorde
Fazia 32 anos que a Câmara e o Senado não revogavam um decreto do Executivo sobre normas fiscais.
A última vez que isso ocorreu foi em 1992, no governo Fernando Collor de Mello, quando o Congresso derrubou um decreto que alterava regras para o pagamento de precatórios.
Alguns meses depois, a Câmara abriu o processo de impeachment contra o então presidente.
Culpados
Não resta dúvida de que a morte de um menino de 12 anos, esmagado por um trator no aterro de resíduos em Teresina, decorreu de uma falha generalizada do poder público.
Porém, é preciso parar de não ver responsabilidade também na família, porque não é razoável, tampouco aceitável, que se aceite como natural, pelos pais ou responsáveis, que uma criança não esteja em casa à noite.