Danças típicas do período junino ajudam a desenvolver a coordenação corporal
A prática permite integração, aprendizado e proporciona benefícios à saúde do corpo
Dançar é uma das práticas antigas de movimentação do corpo que gera benefícios diversos ao ser humano. É uma atividade simples e muito estimulada, uma vez que pode ser realizada sozinha ou em grupo, bem como em diferentes gêneros musicais, a exemplo do forró, pagode e, inclusive, nas quadrilhas e bumba meu boi no período de São João, manifestação cultural tradicional no Brasil. Para além da valorização das tradições, esse período do ano também funciona como uma oportunidade de colocar o corpo em movimento e proporciona um avanço no aprendizado motor ao utilizar o ritmo e a coordenação corporal como ferramentas para a evolução do desenvolvimento motor.

O professor e coordenador do curso de Educação Física do Unifacid Wyden, Héllio Martins, observa que diante dessa evolução o corpo aprende movimentos novo. Isso porque essa cultura corporal de movimentos é essencial para a dança e para todas as práticas tanto de atividades como de exercícios físicos. “É como imaginarmos uma base de movimentos corporais para inúmeras possibilidades futuras de outros movimentos a serem executados pelo indivíduo. Nosso corpo é uma articulação de sistemas orgânicos e que eles precisam se movimentar em dimensão de atividades diárias ou laborais e, também, num aspecto bem mais amplo de benefícios”, explica.
- Participe do nosso grupo de WhatsApp
- Participe do nosso grupo de Telegram
- Confira os jogos e classificação dos principais campeonatos
Ele acrescenta que isso pode ser percebido, por exemplo, com os dançarinos das quadrilhas juninas e das diversas danças folclóricas durante seu período de ensaio e preparação para as apresentações juninas. “Temos também uma melhoria na compleição física por meio de uma resistência cardiorrespiratória e muscular, pois, analisando os gestos coreográficos de uma quadrilha, além de danças como o xaxado, o baião e o forró, que tradicionalmente compõem a quadrilha, haverá movimentos como os dançarinos sustentar acima da cabeça as dançarinas num determinado momento da coreografia”, ressalta.
Danças juninas como integração escolar
É comum as escolas realizarem apresentações juninas e isso contribui para o desenvolvimento dos estudantes. Dessa forma, “temos a aprendizagem motora, contemplando ritmo, coordenação e habilidades fundamentais para essa execução da dança. Além de promover a cultura viva entre os jovens e repassando essa história de geração em geração”, destaca. O ponto de atenção do docente Héllio é que “as escolas, em uma análise generalista, só promovem a vivência dessa cultura em apenas um único mês e não proporciona o aprendizado como realmente deve ser experenciado por ele: partindo de movimentos simples para movimentos mais complexos, sabendo o motivo daquele movimento para a coreografia, a história da dança específica”, observa.
Importância de conhecer o surgimento da quadrilha
De acordo com o professor Héllio, a quadrilha é uma dança popular vinda da França de lugares marginalizados e de prostibulo parisienses trazidos por Portugal numa possibilidade de integrar a nobreza. “E quando chega ao Nordeste recebe a estrutura das danças que aqui são populares como o xaxado, o baião, o xote e o forró. Todos sabem disso? Não! A criança apenas repete a fim de mostrar para os familiares, mas não há o aprendizado de forma global, sem nenhuma dessas riquezas de detalhes”, finaliza.
Fonte: Ícone Comunicação