Frei Adolfo Temme: Sobraram somente os panos
O que fazer? Só se a gente for procurar como os pastores, no Belém do nosso coração
BOM DIA, MINHAS IRMAS
BOM DIA, MEUS IRMAOS.
SOBRARAM SOMENTE OS PANOS.
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Na África não se usam bolsas para carregar as coisas, e sim, panos seguros no pescoço. Quando é para levar uma criança, o pano é bordado. Quando a mulher vai lavar roupa no rio, ela leva o menino dentro do pano, com o peso nas costas, e as mãos estão livres para carregar a roupa e o sabão.
Um dia aconteceu: a mãe chega na beira do rio, coloca a criança perto dela em cima do pano bordado. E começa a molhar os panos na água, ensaboar e bater as peças encima da pedra.
De repente ela ouve um grito. A criança tinha se arrastado até o rio foi levada pela corrente. Achando que não podia fazer nada, a mulher foi para casa.
De noite chega o marido e pergunta pela criança. Ela diz: nosso filho foi levado pela corrente, mas eu não estou triste: ainda tenho o pano bonito em que carregava o menino."
Tão tolos assim, muitos cristãos tratam os dias de Natal. Eles sabem que Jesus nasceu, mas estão passeando com o pano bonito que perdeu a razão de ser. Levantam uma árvore e a enfeitam de bolinhas coloridas. Iluminam as ruas de luzes elétricas e acham que assim o mundo vai clarear. Só que perderam Jesus faz tempo. Os presépios não escondem o vazio dos seus corações.
O que fazer? Só se a gente for procurar como os pastores, no Belém do nosso coração; não só nos dias natalinos e, sim, todos os dias da vida. Nem a mais linda figura do presépio, nem o pano bordado mais bonito pode dispensar-nos desta busca.
Fonte: Literatura naftalina alemã. Tradutor frei Adolfo
O autor da história nos mostra a frieza chocante da mãe. "O rio levou." Não posso fazer nada. Constatação sem envolvimento. Não sabemos a quem perdemos, nem choramos.
Fonte: Portal AZ