Cuidado com a saúde mental de mães atípicas deve ser priorizado, indica pesquisa
Mães de crianças com deficiência enfrentam 22% mais desgaste emocional, reforçando a importância de suporte psicológico.
O mês de setembro, marcado pelo Setembro Amarelo, traz à tona discussões sobre saúde mental, incluindo a situação das mães atípicas, que cuidam de filhos com deficiências intelectuais como Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Segundo uma pesquisa recente, essas mães enfrentam um desgaste emocional 22% maior que outras, o que demanda uma atenção especial.
A psicóloga Vannessa Galindo, docente do curso de Psicologia da Wyden, destaca a importância do cuidado psicológico para essas mães, afirmando que, culturalmente, muitas se priorizam menos em prol dos cuidados com os filhos. "Nossa configuração social coloca a figura materna em um lugar de cuidado, muitas vezes de anulação. Frases como ‘Agora você é mãe’ reforçam a autocobrança na maternidade", afirma Galindo.
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O crescente número de diagnósticos entre crianças e adolescentes tem feito profissionais de saúde e educação focarem em intervenções para o público infanto-juvenil. Contudo, Galindo alerta que o foco deve incluir também as mães, que frequentemente se sobrecarregam no papel de cuidadoras. "Estudos mostram que, além do estresse, cuidadores podem desenvolver transtornos ansiosos e depressivos, algo que precisa de atenção pública e social", reforça.
Nesse contexto, a psicóloga defende que o acolhimento dessas mães é fundamental, não só para garantir o bem-estar das crianças em tratamento, mas também para prevenir o esgotamento mental das cuidadoras, que acabam negligenciadas dentro desse processo.
Fonte: Ícone Comunicação