Imbecilidade gritante do bolsonarismo
É comum encontrar desatinado(a) e histérico(a) dizendo-se "fã" de Bolsonaro
Pasmem! É verdade, mesmo! O PL, partido liderado por Bolsonaro, PL solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a desfiliação de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como "Tiü França", o terrorista que tentou explodir o prédio da Suprema Corte e matar o ministro Alexandre de Moraes; e depois se matou explodido por bombas. "Tiü França" foi candidato a vereador nas eleições de 2020 pelo PL em Rio do Sul (SC).
Ora, juridicamente, a morte do bolsonarista já elimina a filiação partidária. Torna-a sem efeito! Basta apresentar a certidão de óbito ao TSE e pronto. Assim, no caso de morte do(a) filiado(a) não existe a figura da desfiliação. Mesmo porque não se pode intimar o morto para responder ou se defender no pedido formal da desfiliação na Justiça Eleitoral. Uma imbecilidade gritante do bolsonarismo!
- Participe do nosso grupo de WhatsApp
- Participe do nosso grupo de Telegram
- Confira os jogos e classificação dos principais campeonatos
"Tiu França" era seguidor apaixonado de Bolsonaro. Incentivado pelo ex-presidente da República foi capaz de cometer aquela atrocidade do 13 de novembro passado. Cumpriu fielmente o que pediu Bolsonaro a seus seguidores em discurso proferido em 2022.
Naquele domingo do dia 24 de julho de 2022, Bolsonaro (PL) pediu que seus apoiadores no Maracanãzinho fizessem o seguinte: ''Nós militares juramos dar a vida pela pátria. Todos vocês aqui juraram dar a vida pela sua liberdade. Repitam: 'Eu juro dar minha vida pela minha liberdade'...
Em tempos de cultura inútil, como é caso do nefasto bolsonarismo, o jornalista Mouzar Benedito foi buscar definições para os fanatismos políticos, religiosos, esportivos e muitos outros. E encontrou no fanático político uma identificação muito afeita ao terrorista "Tiu França": "de vistas acanhadas, de horizontes estreitos, intolerante, estreito, pirracento dogmático, presumido, cego em preconceitos, ictérico, obcecado, encasquetado, obstinado, cabeçudo, energúmeno, desatinado, desvairado, teimoso, faccioso, maníaco, estúpido, crédulo, curto, robotizado, lunático, possesso, delirante, tarado, hidrófobo, apatetado, histérico, sectário, dogmático, fundamentalista…" E indaga: "Quem está livre de encontrar tipinhos que merecem esses adjetivos?"
Verdadeiramente, hoje, é muito comum encontrar-se desatinado(a) e histérico(a) dizendo-se "fã" de Bolsonaro.
No estudo dele o jornalista trás citações e pensamentos de grandes nomes da história mundial retratando em frases o que seja o fanatismo, o(a) fanático(a), tais como Voltaire, Virgínia Woolf, Denis Diderot e tantos outros.
O terrorista do dia 13 em Brasília estava com o cérebro contaminado pelo ódio destilado por Bolsonaro. Com a mente contaminada, fazendo lembrar o que deixou dito Voltaire: “Quando o fanatismo gangrena o cérebro, a enfermidade é incurável”.
A frase dita pelo filósofo e escritor francês Denis Diderot se encaixa perfeitamente ao que assistimos na tragédia do bolsonarista em Brasília: “Do fanatismo à barbárie não há mais do que um passo”.
Não há outra conclusão senão a de que a disseminação do ódio por Bolsonaro tem causado tragédias no Brasil. E poderão ocorrer outras, infelizmente! Haveremos de conviver por muito tempo com esse "monstro social". E a pergunta doravante que não quer calar é a seguinte: "Como combater o discurso de ódio?"
"Lidar com o discurso de ódio não significa limitar ou proibir a liberdade de expressão. Significa evitar que o discurso de ódio se transforme em algo mais perigoso, particularmente o incitamento à discriminação, hostilidade e violência, que é proibido pelo direito internacional." - António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.
Para concluir, todas as organizações internacionais têm orientado para que todos(as) nós, indistintamente, possamos nos libertar dos costumes e padrões culturais que geram ódio e discriminação. Porque nem todos os costumes ou expressões culturais promovem a inclusão e a convivência saudável.
Fonte: Miguel Dias Pinheiro