Panorama cripto no Brasil: As moedas mais populares entre os investidores

60% das carteiras de criptomoedas no Brasil no final do primeiro semestre de 2024 utiliza Bitcoin

Por Direto da Redação,

O mercado de criptomoedas no Brasil continua forte e crescendo, sendo um dos mais dinâmicos da América Latina. Dados do relatório “Panorama Cripto na América Latina” da Bitso mostram que o país não só tem uma grande presença de Bitcoin (BTC), mas também o interesse em altcoins, que incluem uma ampla gama de criptomoedas além do BTC e do Ethereum (ETH), é cada vez maior.

De acordo com o relatório, o Bitcoin representava 60% das carteiras de criptomoedas no Brasil no final do primeiro semestre de 2024, demonstrando um aumento de dois pontos percentuais em relação ao semestre anterior. Essa preferência reflete a confiança dos brasileiros no BTC como reserva de valor, especialmente no atual momento econômico e com alta volatilidade em outros mercados financeiros.

O Bitcoin tem sido amplamente utilizado como proteção contra a inflação e desvalorização cambial, além de ser uma porta de entrada para investidores iniciantes. Com sua natureza descentralizada e ampla adoção global, ele continua sendo o carro-chefe do mercado cripto no Brasil. No entanto, atualmente há muitas outras opções nas listas de melhores altcoins para investir agora no país.

Diversificação de carteiras: As altcoins lideres no Brasil

Além do Bitcoin, o Brasil tem liderado a região em termos de diversificação das carteiras, com um notável aumento na posse de altcoins. Altcoins são todas as criptomoedas que não são Bitcoin, e muitas delas oferecem casos de uso específicos ou oportunidades de investimento de alto retorno, ainda que mais arriscados.

O estudo da Bitso revelou que, no primeiro semestre de 2024, as altcoins representavam 17% das carteiras dos investidores brasileiros, superando a média regional de 11%. Entre as altcoins preferidas dos brasileiros, nomes como Solana (SOL), conhecida por sua alta escalabilidade, e Pepe (PEPE), uma memecoin que, apesar de sua volatilidade, ganhou popularidade pela promessa de altos rendimentos em curto prazo, são famosos.

Esses ativos demonstram como os investidores brasileiros estão cada vez mais dispostos a explorar novas oportunidades no mercado cripto. Em agosto de 2024, por exemplo, o Brasil lançou o primeiro ETF baseado em Solana, evidenciando o interesse institucional e individual por essa criptomoeda. Mas apesar do grande apetite por ativos voláteis como altcoins, as stablecoins continuam tendo um papel muito importante no mercado brasileiro.

Criptomoedas como Tether (USDT) e USD Coin (USDC) oferecem estabilidade, já que são lastreadas no dólar americano, e são amplamente utilizadas para proteção contra a volatilidade do mercado e para transações no dia a dia. Segundo dados da Receita Federal, entre janeiro e setembro de 2024, o mercado de criptomoedas no Brasil movimentou mais de R$ 248 bilhões, sendo que stablecoins como USDT e USDC representaram uma grande parte desse volume.

Essa demanda mostra o aumento da sofisticação dos investidores brasileiros, que utilizam stablecoins tanto para liquidez quanto como parte de suas estratégias de investimento. O Banco Central do Brasil reconheceu a importância das stablecoins no sistema financeiro nacional, destacando sua eficiência e menor custo em transações. No entanto, a instituição também enfatizou a necessidade de regulamentação adequada para mitigar riscos associados a esses ativos.

E embora o Ethereum seja a segunda maior criptomoeda em termos de capitalização de mercado global, no Brasil sua presença ainda é relativamente baixa em comparação a outros países da América Latina. O relatório da Bitso aponta que o ETH representava 9% das carteiras no país no primeiro semestre de 2024, com um leve crescimento em relação ao período anterior.

Essa posição modesta pode ser explicada pela preferência do mercado brasileiro por altcoins mais acessíveis e promissoras, que oferecem retornos mais rápidos e, muitas vezes, menores custos de transação. E o número de usuários de criptomoedas no Brasil continua aumentando, mas as taxas são ligeiramente mais moderadas do que nos anos anteriores.

Em 2023, o país registrou um aumento impressionante de 31% na base de investidores em ativos digitais. No entanto, durante o primeiro semestre de 2024, esse crescimento desacelerou para 18%. Ainda assim, o Brasil se mantêm como líder regional em expansão do mercado cripto. Esse crescimento é impulsionado pela ampla acessibilidade às plataformas de negociação, a cada vez maior familiaridade do público com ativos digitais e a busca por alternativas de investimento em um ambiente econômico instável.

E o mercado de criptomoedas no Brasil deve continuar expandindo, com uma base de investidores cada vez mais variada e sofisticada. A composição das carteiras brasileiras, que combina ativos de alta volatilidade, como altcoins, com stablecoins e Bitcoin, reflete uma estratégia madura e equilibrada.

Fonte: Divulgação

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