Ácaros, mofo e produtos químicos: os vilões invisíveis que afetam sua saúde
Microrganismos e substâncias comuns no ambiente doméstico são gatilhos para alergias e problemas respiratórios
Eles estão nos colchões, nas cortinas, no ar e até nos produtos que usamos para limpar a casa. Não fazem barulho, raramente são vistos a olho nu, mas podem desencadear uma verdadeira guerra no organismo, sobretudo em quem sofre com alergias respiratórias. São os chamados vilões invisíveis do ambiente doméstico: ácaros, mofo, poeira e substâncias químicas.

Em regiões como o Maranhão, onde o clima é quente e úmido na maior parte do ano, esses agentes encontram condições ideais para se proliferar. “O ambiente úmido favorece a presença de fungos, ácaros e outros alérgenos”, explica Clemilda Ribeiro, enfermeira da rede Hapvida. Segundo ela, a combinação de locais fechados com pouca ventilação e alta umidade é um risco constante para pessoas alérgicas.
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Onde se escondem os vilões
Os ácaros, por exemplo, alimentam-se de restos de pele humana e ficam alojados em colchões, roupas de cama, estofados e cortinas. Quando inalados ou em contato com a pele, podem causar rinite alérgica, coceiras, espirros e até crises de asma. Já o mofo libera esporos que, ao serem respirados, provocam sintomas semelhantes: tosse, espirros e dificuldade para respirar.
A ideia de que uma faxina intensa resolveria o problema pode ser enganosa. Muitos produtos de limpeza comuns contêm substâncias voláteis e odores fortes, que também funcionam como gatilhos alérgicos. “Eles podem piorar os sintomas de pessoas com asma, rinite ou sinusite”, alerta Clemilda. A recomendação é simples: usar luvas, preferir produtos neutros e manter a ventilação natural durante a limpeza.
Como diferenciar alergia de resfriado?
Diante de sintomas como espirros e tosse, surge a dúvida: é alergia ou resfriado? Segundo a enfermeira, os sinais ajudam a diferenciar.
“A alergia geralmente vem com espirros repetidos, congestão nasal, coceira nos olhos e na pele. Já o resfriado é mais associado à febre, dor de garganta e tosse com secreção”, detalha.
Grupos como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas estão entre os mais vulneráveis. A genética também desempenha um papel importante. “Se os pais têm histórico de asma ou rinite, é mais provável que os filhos também desenvolvam”, explica Clemilda.
Medidas simples fazem diferença
A boa notícia é que há como prevenir. O controle dos vilões invisíveis começa com hábitos domésticos simples:
- Manter os ambientes limpos, arejados e secos;
- Evitar tapetes, cortinas pesadas e bichos de pelúcia em casas com alérgicos;
- Lavar roupas de cama com frequência;
- Trocar travesseiros a cada dois anos;
- Utilizar aspiradores com filtro HEPA;
- Priorizar ventilação natural sempre que possível.
“Se a gente conhece os inimigos, fica mais fácil combatê-los”, afirma Clemilda. “Adotar esses cuidados no dia a dia é uma forma prática de melhorar a qualidade de vida de toda a família.”
Fonte: Portal AZ