Pela primeira vez, mulheres são maioria na delegação brasileira para Olimpíadas
Expectativa de medalhas passa pelas atletas femininas, que representam mais da metade da equipe
Pela primeira vez na história, a delegação brasileira para os Jogos Olímpicos será majoritariamente feminina. Segundo o Comitê Olímpico do Brasil (COB), das 276 vagas asseguradas para a competição em Paris, 153 são de mulheres. Este destaque feminino é um componente crucial na tentativa do Brasil de igualar ou superar o recorde de 21 medalhas conquistadas na Olimpíada de Tóquio, em 2021.
A Olimpíada de Paris, que começa em 26 de julho e segue até 11 de agosto, será a primeira a ter participação igualitária de homens e mulheres, com 5.250 atletas de cada gênero. Curiosamente, os Jogos que marcaram a estreia feminina também foram em Paris, em 1900, com apenas 22 mulheres competindo.
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Várias modalidades contribuíram para esse predomínio feminino em 2024. No futebol, handebol e rugby, as seleções masculinas não se classificaram, ao contrário das femininas. Na ginástica artística, as mulheres garantiram vaga na disputa por equipes, enquanto os homens competirão apenas em provas individuais. Além disso, todas as vagas brasileiras no levantamento de peso, wrestling e pentatlo moderno foram conquistadas por mulheres. No tiro esportivo, esgrima, tênis e águas abertas, a maioria dos atletas classificados também são do sexo feminino.
Entre as principais candidatas a medalhas, destacam-se:
- Rebeca Andrade (ginástica artística): Campeã olímpica, é a maior ameaça à supremacia da norte-americana Simone Biles.
- Beatriz Ferreira (boxe): Prata em Tóquio e bicampeã mundial, é a atual detentora do cinturão da Federação Internacional de Boxe no peso leve.
- Rayssa Leal (skate street): Acumulou dois títulos do circuito e venceu o Mundial de Sharjah desde a segunda posição em Tóquio.
- Seleção feminina de vôlei de quadra: 13 vitórias consecutivas na Liga das Nações e topo do ranking mundial.
- Duda e Ana Patrícia (vôlei de praia): Campeãs mundiais em 2022 e vice-campeãs em 2023, ocupam o posto de melhor dupla do mundo.
- Rafaela Silva (judô): Bicampeã mundial em 2022, busca seu segundo ouro olímpico após ficar fora de Tóquio.
- Mayra Aguiar (judô): Tricampeã mundial e forte candidata à sua quarta medalha olímpica.
- Martine Grael e Kahena Kunze (vela): Podem conquistar o terceiro ouro olímpico consecutivo.
- Ana Marcela Cunha (maratona aquática): Em busca do bi olímpico após recuperação de lesão no ombro.
Outras atletas de destaque
Nathalie Moellhausen, campeã da etapa de Barcelona da Copa do Mundo de Esgrima em 2022, e a seleção de ginástica rítmica, que conquistou o quarto lugar no Mundial de 2023, também são promessas de medalhas. No tênis, Luísa Stefani, bronze em Tóquio, competirá ao lado de Beatriz Haddad Maia. No surfe, Tatiana Weston-Webb busca melhorar sua posição no circuito mundial. A seleção feminina de futebol, liderada por Marta em sua última Olimpíada, visa sua terceira medalha.
O protagonismo feminino nos resultados brasileiros já se refletiu nos Jogos Pan-Americanos de Santiago em 2023, onde das 205 medalhas conquistadas, 95 vieram graças às mulheres.
Fonte: Agência Brasil