Isaquias Queiroz conquista medalha de prata na canoagem e soma cinco pódios

Após desempenho emocionante em Paris 2024, canoísta brasileiro mantém-se entre os maiores atletas olímpicos do país

Por Dominic Ferreira,

O canoísta brasileiro Isaquias Queiroz continua a escrever sua história nas Olimpíadas, ao conquistar sua quinta medalha olímpica nesta sexta-feira (09), durante os Jogos de Paris 2024. Isaquias, que já é considerado o maior atleta da história da canoagem velocidade do Brasil, garantiu a prata na prova do C1 1000m, cruzando a linha de chegada com o tempo de 3:44:33, ficando atrás apenas do tcheco Martin Fuksa, que venceu com 3:43:16. Serghei Tarnovschi, da Moldávia, completou o pódio com 3:44:68.

Foto: Reprodução/Alexandre Loureiro/COBIsaquias Queiroz
Após desempenho emocionante em Paris 2024, canoísta brasileiro mantém-se entre os maiores atletas olímpicos do país, com uma arrancada final impressionante que garantiu mais uma medalha para o Brasil.

Com essa conquista, Isaquias Queiroz se junta a Robert Scheidt e Torben Grael, empatando na segunda posição entre os atletas brasileiros com o maior número de medalhas olímpicas, com cinco cada um. Ele está atrás apenas da ginasta Rebeca Andrade, que alcançou a marca de seis medalhas nesta edição dos Jogos.

Foto: Reprodução/Alexandre Loureiro/COBIsaquias Queiroz
Isaquias Queiroz

Após a prova, Isaquias demonstrou gratidão e emoção ao dedicar a medalha a seu filho, que havia pedido uma medalha de ouro. "A de ouro não deu, mas fico feliz de poder subir ao pódio e agora vou entregar essa medalha para ele. Esse é o meu presente para todo mundo do Brasil. Muito obrigado por acreditar em mim. Sou muito grato a todos pelo reconhecimento. Hoje o Brasil inteiro sabe o que é a canoagem de velocidade", afirmou.
Isaquias começou o dia disputando as semifinais, avançando para a final com a terceira melhor colocação geral, após garantir o segundo lugar na bateria mais competitiva, ficando atrás apenas do alemão Sebastian Brendel e do próprio Martin Fuksa. A final foi marcada por uma performance impressionante, com Isaquias demonstrando força e determinação nos últimos metros da prova, garantindo assim mais um pódio olímpico.
Em 2023, o canoísta passou por desafios que testaram sua resiliência. Segundo ele, o ano foi um período de autoconhecimento e superação, marcado por dificuldades tanto físicas quanto psicológicas. "Tive que me remontar. Tive que correr muito para ficar em forma. Não é fácil ficar fora de pódios", comentou.
A prata no C1 1000m vem após uma decepção no C2 500m, onde Isaquias e seu parceiro Jacky Godmann terminaram na oitava colocação. A dupla, que havia alcançado o quarto lugar em Tóquio 2020, estava determinada a melhorar o desempenho em Paris, mas a prova não saiu como planejado. "Eu fiquei muito triste de não estar no pódio nas duplas. É um peso que eu tiro das minhas costas agora", desabafou o baiano de Ubaitaba.

Foto: Reprodução/Renato do Val/COBIsaquias Queiroz
Isaquias Queiroz.

Perfil de Isaquias Queiroz
Nascido em Ubaitaba, na Bahia, Isaquias Queiroz superou adversidades desde a infância para se tornar um dos maiores atletas olímpicos do Brasil. Criado em uma família humilde, ele enfrentou uma série de obstáculos, incluindo a perda do pai e acidentes que resultaram em graves lesões, como a perda de um rim aos 10 anos de idade. Mesmo assim, Isaquias encontrou na canoagem uma paixão que o levou a se destacar internacionalmente.
Isaquias começou sua trajetória no esporte através do projeto Segundo Tempo, e foi inspirado por Jefferson Lacerda, um dos pioneiros da canoagem no Brasil, que competiu nas Olimpíadas de Barcelona 1992. Desde então, Isaquias tem representado o Brasil com excelência, conquistando o respeito e a admiração de fãs e adversários ao redor do mundo.
Com mais essa medalha em Paris 2024, Isaquias Queiroz solidifica sua posição como uma lenda do esporte brasileiro, com o sonho de continuar ampliando seu legado em futuras competições.

Fonte: COB

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