Filme com cena de Casagrande pelado volta ao cinema após censura da ditadura
"Onda Nova" volta aos cinemas 40 anos após lançamento proibido pela repressão
O filme "Onda Nova", que inclui uma cena polêmica com o ex-jogador Casagrande, está de volta ao cinema após ser censurado pela ditadura militar brasileira. Originalmente lançado em 1983 durante a 7ª Mostra de Cinema de São Paulo, a obra não agradou ao regime da época, que decidiu proibir sua exibição em território nacional devido ao conteúdo considerado subversivo e à sua abordagem de temas tabus.

Agora, 40 anos depois, o filme foi restaurado e remasterizado em 4K, e estará disponível para o público a partir desta quinta-feira (27). Na época de seu primeiro lançamento, "Onda Nova" gerou grande controvérsia por abordar questões sociais delicadas e por incluir cenas de sexo, entre elas a famosa cena com Casagrande nu. Esta ousadia e a temática do filme, que explora a liberdade e a luta por direitos, refletiam um momento de transformação social no Brasil.
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Após quatro décadas, a reestreia do filme traz à tona discussões sobre a censura e a importância da liberdade de expressão na arte. O roteiro de "Onda Nova" gira em torno das jogadoras de futebol do Gayvotas Futebol Clube, um time fundado em 1983, em meio à repressão da ditadura militar. Essa data também marca um momento significativo na história do esporte brasileiro, pois representa a regulamentação dos esportes para mulheres, que haviam sido banidos por quatro décadas.
A obra se destaca não apenas como um filme de entretenimento, mas também como um documento histórico que retrata a luta por igualdade e reconhecimento. Com sua reestreia, "Onda Nova" oferece uma nova oportunidade para o público revisitar a história do cinema brasileiro e refletir sobre os desafios enfrentados por artistas e ativistas durante um período obscuro. A produção traz à tona a narrativa de um time de futebol feminino, e reafirma a necessidade de preservar e valorizar as vozes que desafiam normas sociais e políticas. Com a restauração, espera-se que o filme alcance uma nova geração de espectadores, promovendo discussões relevantes sobre liberdade e direitos.
Fonte: Lance