Neymar responde a críticas: "Porque dentro de campo eu entrego"
Atacante do Santos critica julgamentos e defende liberdade de ser multifuncional
Em uma transmissão ao vivo pelo Disney+, Neymar desabafou sobre as críticas que vem enfrentando desde seu retorno ao Santos, enquanto assistia ao jogo entre Oklahoma City Thunder e Minnesota Timberwolves. Durante a live, ele refletiu sobre o tratamento dado aos atletas no Brasil em comparação ao que observou nos Estados Unidos, destacando a diferença na percepção do estilo de vida e da aparência dos jogadores. “Aqui no nosso país, a galera vê de um jeito diferente, de uma maneira mais marrenta”, comentou, citando como exemplo a maneira como o jogador Memphis Depay é tratado por sua vestimenta.
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O atacante expressou seu descontentamento com o excesso de julgamentos que atingem sua vida pessoal, afirmando que as críticas que ultrapassam os limites do aceitável, especialmente quando afetam seu caráter e sua família, são inaceitáveis. Ele afirmou: “A corneta, a crítica quando passa do ponto, quando mexe com teu caráter e tua família, excede”. Neymar enfatizou que é aberto às críticas sobre seu desempenho em campo, mas defende que o que acontece fora do campo deve ser respeitado, reforçando que “dentro de campo eu entrego”.
Neymar também ressaltou que muitas das críticas ignoram sua dedicação ao clube e sua liberdade de se envolver em projetos extracampo, como a Kings League. Ele lamentou a falta de compreensão do público em relação à multifuncionalidade do atleta moderno, afirmando que sua vida fora do futebol não deve ser um fator de crítica. “O entretenimento pode ser usado de várias formas. E sem prejudicar o foco de cada um”, disse, destacando que o investimento em outros projetos não deve interferir em sua performance como jogador.
Em sua fala, Neymar compartilhou uma experiência que teve recentemente nos Estados Unidos, onde almoçou com os jogadores Jimmy Butler e Draymond Green antes de uma partida da NBA. Ele usou essa ocasião para ilustrar como o espetáculo do basquete integra entretenimento ao esporte, contrastando com a cultura do futebol brasileiro. “No futebol, tem um jogo de 90 minutos e no intervalo não tem nada. Por que não dentro do estádio? Fazer uma coisa diferente?”, questionou, sugerindo que o entretenimento poderia ser mais explorado no futebol para enriquecer a experiência dos torcedores.
Fonte: Correio Braziliense