Industriais do Piauí avaliam iniciativa do Programa Nova Indústria Brasil
Lançamento do governo federal é bem recebido, mas indústrias do Piauí ressaltam a importância da responsabilidade fiscal
O governo federal apresentou nesta segunda-feira (22) o Programa Nova Indústria Brasil, uma iniciativa voltada para impulsionar a industrialização no país por meio de políticas públicas tradicionais, como subsídios, empréstimos com juros reduzidos e aumento de investimentos federais. O programa também inclui o uso de incentivos tributários e fundos especiais para setores específicos da economia.
Federico Musso, presidente do Centro das Indústrias do Piauí (CIEPI), enxerga de forma positiva a colocação da indústria como protagonista no desenvolvimento do Brasil. No entanto, ele destaca a importância de conduzir os incentivos à reindustrialização com responsabilidade fiscal.
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"Para nós, é um motivo de celebração que a indústria seja colocada em primeiro plano no desenvolvimento do Brasil. Porém, entendemos a necessidade de agir com responsabilidade fiscal para evitar possíveis problemas inflacionários. Também é crucial aprender com os erros do passado, evitando impor requisitos de maquinaria nacional de maneira inflexível, pois alguns setores podem não ser eficientemente atendidos de forma competitiva por máquinas produzidas internamente. Assim, esperamos alguma flexibilidade nessas exigências, que, ao menos neste momento da indústria nacional, podem ser consideradas utópicas," ressalta Musso.
O presidente do CIEPI destaca o desafio substancial para a reindustrialização, que depende do aumento da taxa de investimento público e privado. Ele alerta para a necessidade de atenção, considerando que o governo reconhece o atual período de desindustrialização no país. Musso questiona: "Como se pretende atender à demanda de máquinas e/ou equipamentos industriais de forma mais eficiente e competitiva do que nos países mais industrializados?"
A nova política estabelece metas até 2033 para seis missões, abrangendo setores como infraestrutura, moradia, agroindústria, tecnologia de defesa, entre outros. Para financiar o programa, o plano de ação prevê um investimento de R$300 bilhões até 2026, sendo a maior parte proveniente de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
Fonte: Ícone Comunicação