Patrocínios de sites de apostas dominam futebol brasileiro em 2024

Crescimento do mercado de apostas impulsiona receita dos clubes, mas desafia regulamentação e responsabilidade social

Por Dominic Ferreira, 01/09/2024 10:00

Em 2024, o cenário do futebol brasileiro é marcado pela forte presença de patrocínios provenientes de sites de apostas, que se tornaram uma das principais fontes de receita para os clubes. Entre os 20 times da Série A, 15 têm casas de apostas como patrocinadoras master, evidenciando o peso crescente desse mercado no esporte nacional. Contratos milionários, como o do Flamengo com a Pixbet, que garante R$ 170 milhões por dois anos, destacam a importância desses acordos para a sustentação financeira dos clubes.

Foto: Reprodução/Instagram/Marcelo Cortes / CRF

Patrocínios de sites de apostas dominam futebol brasileiro em 2024, mas levantam debates éticos.

No entanto, a relação entre futebol e apostas levanta questões sobre a ética e o impacto social das apostas esportivas. À medida que os clubes negociam parcerias lucrativas, a necessidade de regulamentação rigorosa e de práticas responsáveis se torna cada vez mais evidente. Especialistas alertam que, embora os benefícios financeiros sejam significativos, é crucial garantir que o crescimento do setor não venha acompanhado de danos sociais, como o vício em jogos de azar.
A experiência do Reino Unido, que implementou uma regulamentação abrangente do setor em 2005, pode servir como exemplo para o Brasil. A diretora de expansão internacional da CAF, Emma Lindley, ressalta que o equilíbrio entre crescimento econômico e proteção social é fundamental. No Brasil, a regulamentação das apostas esportivas está em evolução, com novas portarias estabelecendo diretrizes para a exploração comercial do setor. Esses esforços visam criar um ambiente seguro e controlado, onde o jogo recreativo seja promovido de forma saudável, minimizando os riscos de excessos e vícios.
Enquanto o futebol brasileiro se beneficia do influxo de capital das apostas, a transparência e a responsabilidade serão essenciais para garantir que esses patrocínios não resultem em consequências negativas para a sociedade.

Fonte: Correio Braziliense