Após sete anos de recordes, safra de grãos do Piauí tem queda de 10%

Clima adverso afeta produção, com milho sendo o mais impactado; soja se destaca com alta

Por Dominic Ferreira,

O Piauí, após sete anos consecutivos de crescimento recorde na produção agrícola, deve enfrentar uma queda significativa de 9,78% na safra de grãos em 2024, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE. A previsão é de que a produção total de grãos no estado chegue a 5,81 milhões de toneladas, cerca de 630 mil toneladas a menos em comparação com o recorde de 6,44 milhões de toneladas registrado em 2023.

Foto: Reprodução/aleksandarlittlewolf/Freepik/Imagem IlustrativaClima adverso afeta produção, com milho sendo o mais impactado; soja se destaca com alta.
Clima adverso afeta produção, com milho sendo o mais impactado; soja se destaca com alta.

A retração é influenciada principalmente pela queda na produção de milho, que deve reduzir em 1,06 milhão de toneladas (-38,54%), passando de 2,75 milhões em 2023 para 1,69 milhão de toneladas em 2024. Além do milho, também se espera uma queda na produção de sorgo (-13%) e arroz (-9,63%). 

Foto: Reprodução/IBGE/PAM/LSPAOK

Por outro lado, alguns produtos apresentam aumento na produção, mas não o suficiente para compensar as perdas gerais. O destaque fica por conta da soja, cuja produção deve subir 12,52%, atingindo 3,81 milhões de toneladas, além de avanços no cultivo de feijão (+21,65%) e algodão (+41,52%).

Foto: Reprodução/IBGE/LSPAOK

Segundo Pedro Andrade, chefe da Seção de Pesquisa Agropecuária do IBGE no Piauí, a queda na produção se deve principalmente às condições climáticas adversas, como o retardamento do período chuvoso durante o plantio. "A redução de 38,54% na produção de milho foi causada pela queda na área plantada e no rendimento médio, impactados por essas condições", explicou Andrade.
Em nível nacional, a previsão é de uma queda de 6% na safra de grãos do Brasil em 2024, totalizando 296,4 milhões de toneladas. Carlos Barradas, gerente do LSPA, atribui esse cenário a uma combinação de preços baixos das commodities e condições climáticas irregulares, como secas e excesso de chuvas.

Fonte: IGBE

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