INSS anuncia novos valores de benefícios e contribuições para 2025

Piso acompanha salário mínimo de R$ 1.518, e teto de aposentadorias chega a R$ 8.157,41

Por Dominic Ferreira,

O Ministério da Previdência Social anunciou o reajuste dos benefícios do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) para 2025. A atualização acompanha o novo salário mínimo de R$ 1.518, representando um aumento de 7,5%. Já o teto das aposentadorias subiu de R$ 7.786,02 para R$ 8.157,41, um reajuste de 4,77%, correspondente à inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).  

Foto: Reprodução | Rafa Neddermeyer | Agência BrasilAlíquotas de desconto da contribuição previdenciária sofrerão reajuste de 4,77%.
Alíquotas de desconto da contribuição previdenciária sofrerão reajuste de 4,77%.

Principais ajustes  
- Piso previdenciário: Benefícios como aposentadoria, auxílio-doença e pensão por morte terão como valor mínimo R$ 1.518.  
- Teto previdenciário: O valor máximo dos benefícios subiu para R$ 8.157,41.  
- Salário-família: Passou de R$ 62,04 para R$ 65,00, destinado a quem tem remuneração de até R$ 1.906,04 e filhos de até 14 anos.  
- Indenizações judiciais: O teto subiu de R$ 84.720 para R$ 91.080 (60 salários mínimos).  
Alíquotas de contribuição  
Os descontos previdenciários também foram reajustados, sendo válidos a partir da folha de pagamento de fevereiro. As alíquotas são progressivas e variam conforme a faixa salarial:  

Faixa Salarial Alíquota
Até R$ 1.518,00                      7,5%         
De R$ 1.518,01 até R$ 2.793,88       9%           
De R$ 2.793,89 até R$ 4.190,83       12%          
De R$ 4.190,84 até R$ 8.157,41       14%          

Outras faixas, aplicadas a servidores públicos, chegam a alíquotas de até 22% para salários superiores a R$ 54.480,97.  

Apesar do aumento, 70% dos benefícios pagos pelo INSS permanecem no valor do salário mínimo, refletindo a desigualdade socioeconômica do país. Especialistas destacam o impacto dos reajustes menores para quem ganha acima do piso nacional. "Os benefícios, portanto, tiveram esse reajuste, 4,77%, mas o salário-mínimo teve um reajuste de 7,5%. Então, isso dá uma sensação de achatamento salarial para os aposentados que recebem acima do mínimo".
Já o advogado Washington Barbosa aponta que os critérios de cálculo e as regras de reajuste contribuem para o descontentamento de muitos segurados. "É necessário repensar os critérios de reajuste e ampliar o acesso a rendas maiores, de forma a evitar que os aposentados enfrentem dificuldades financeiras em uma fase da vida em que a segurança econômica é essencial", avalia.  

O cenário destaca três fatores que afetam os benefícios:  

1. Baixa renda da população, que reflete em contribuições menores durante a vida laboral.  
2. Achatamento salarial, devido ao reajuste maior do salário mínimo em relação a outros benefícios.  
3. Mudanças nas regras de cálculo, que reduzem os valores de benefícios relacionados à incapacidade laboral e pensão por morte.  
Os reajustes buscam acompanhar as demandas econômicas, mas evidenciam desafios estruturais do sistema previdenciário brasileiro. Enquanto a atualização do piso e do teto traz algum alívio, há necessidade de mudanças que ampliem a equidade para todos os beneficiários.  

Fonte: Com informações INSS e Correio Braziliense

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