Pesquisa revela que 67% dos brasileiros temem taxa do Pix, mas governo desmente

Polêmica sobre fiscalização do Pix levou à revogação de ato e desmentido de fake news pelo governo

Por Dominic Ferreira,


Uma pesquisa divulgada pela Quaest na sexta-feira (17) apontou que 67% dos brasileiros acreditam que o governo cobraria uma taxa sobre operações financeiras via Pix, enquanto 17% descartaram essa possibilidade e 16% afirmaram desconhecer o tema. O levantamento foi realizado entre 15 e 17 de janeiro, com 1,2 mil entrevistados.  

Foto: Reprodução/Marcello Casal Jr/Agência BrasilPix bate novo recorde de transações com pagamento da primeira parcela do 13º
Governo desmente boatos sobre taxação de transações via Pix.

A polêmica sobre o Pix, que viralizou nas redes sociais nos últimos dias, foi motivada por fake news que geraram grande repercussão. Em resposta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revogou na quarta-feira (15) o ato de fiscalização que incluía as transações via Pix nas normas de monitoramento da Receita Federal. No dia seguinte, o presidente Lula editou uma medida provisória assegurando que as operações via Pix não poderão ser tributadas.  

Apesar das ações do governo para conter os boatos, a pesquisa revelou que 88% dos entrevistados ouviram falar das mudanças nas normas de fiscalização envolvendo o Pix, e 87% estavam cientes da falsa informação sobre a possibilidade de cobrança de taxas. Ainda assim, apenas 68% afirmaram ter tomado conhecimento de que o governo desmentiu a premissa.  
Sobre a revogação do ato de fiscalização, 55% souberam da medida, enquanto 45% não estavam informados. 
As normas de monitoramento financeiro já vigentes na Receita Federal apenas seriam ampliadas para incluir o Pix. Essas regras estipulam que transações acima de R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas seriam analisadas, em linha com outros meios de pagamento como cartões de crédito e depósitos, cujos valores de monitoramento são de R$ 2 mil e R$ 6 mil, respectivamente.  
O ministro Fernando Haddad destacou que não havia intenção de taxar as operações via Pix e explicou que a fiscalização tinha como objetivo aprimorar o combate à sonegação fiscal e aos crimes financeiros, sem alterar os custos para os usuários da ferramenta. 
Com a medida provisória assinada pelo presidente Lula, o governo buscou garantir segurança jurídica ao uso do Pix, reafirmando que o sistema de pagamentos seguirá livre de tributos. Desde sua criação em 2020, o Pix tem sido amplamente utilizado pelos brasileiros, oferecendo praticidade e eficiência em transações financeiras.  
O episódio evidenciou a relevância do Pix no cotidiano dos brasileiros e a necessidade de ações rápidas para conter a desinformação em torno de políticas públicas.

Fonte: Correio Braziliense

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