Economista vê sucesso surpreendente do governo Milei na Argentina
Embora os argentinos tenham experimentado um aumento do nível de pobreza
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o economista Fabio Giambiagi, antes um cético quanto ao sucesso do presidente Javier Milei, agora pontua que foram melhores que o esperado os resultados do ultraliberal argentino.

Pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Giambiagi diz que percebeu uma diferença “da água para o vinho” entre janeiro de 2024, quando esteve lá, e agora neste ano, quando retornou. “Havia uma situação de enorme emergência um ano atrás e agora a situação está mais tranquila”, disse o economista, que durante a infância morou na Argentina.
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Embora os argentinos tenham experimentado um aumento do nível de pobreza a um patamar de 52,9% no primeiro semestre de 2024, o economista considera provável que o indicador tenha caído na segunda metade do ano. Porém, a confirmação disso só se terá em março, quando saem dados sobre a renda no país.
Ainda assim, na entrevista ao Estadão, o economista afirma que pode-se razoavelmente imaginar que haverá queda na medição de dezembro, porque está havendo uma retomada do poder de compra dos salários, que estão em recuperação.
O economista adverte que o governo de Milei será submetido a testes como o do fim de restrições cambiais, o que pode pressionar a inflação para cima.
No ano passado, apesar de alta, a inflação na Argentina foi menor que em 2023, quando os peronistas deixaram o poder, com um índice de 211% ante 117,8% agora.
Milei também conseguiu um superávit primário (que exclui pagamentos de juros da dívida estatal) de 1,8% e financeiro 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
Fonte: O Estadão