Dívida pública do Brasil pode chegar a R$ 8,5 trilhões em 2025
Custos da dívida seguem aumentando a medida que os juros permanecem altos no país
Após atingir um nível recorde em 2024, a Dívida Pública Federal (DPF) deve crescer ainda mais este ano, podendo chegar a R$ 8,5 trilhões, segundo projeções do Tesouro Nacional. O governo continuará a aumentar a participação de títulos atrelados à Selic, elevando o custo da dívida à medida que os juros permanecem altos.

O plano do governo prevê que entre 48% e 52% da dívida pública fique vinculada à Selic até o fim do ano. Atualmente, esse percentual está em 46,29%, um salto em relação aos 39,66% registrados no fim de 2023. O aumento significa que a dívida se tornará ainda mais sensível aos juros, o que pode pressionar as contas públicas caso o Banco Central mantenha taxas elevadas.
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Já a parcela de títulos prefixados – que oferecem previsibilidade ao governo – continuará baixa, variando entre 22% e 26% da dívida. Com o aumento da Selic nos últimos anos, investidores passaram a preferir papéis atrelados à taxa básica de juros, que garantem retornos mais atrativos no curto prazo.
A dívida indexada à inflação deve representar entre 25% e 29% do total, enquanto a corrigida pelo câmbio, incluindo a dívida externa, pode variar entre 3% e 7%. O governo ainda conta com reservas internacionais e um colchão de liquidez de R$ 860 bilhões para lidar com possíveis dificuldades no financiamento da dívida.
O prazo médio para pagamento da dívida será mantido entre 3,8 e 4,2 anos. No fim de 2024, esse prazo era de 4,05 anos. Isso significa que parte significativa da dívida continuará vencendo no curto prazo, exigindo refinanciamento constante pelo governo.
Com a dívida pública batendo novos recordes, o país segue dependente da confiança dos investidores e da manutenção de um ambiente econômico estável para continuar captando recursos sem elevar ainda mais os custos.
Fonte: Com informações da Agência Brasil