Trump ameaça madeira importada e pode impactar exportações brasileiras novamente

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou no sábado (1º) uma determinação que pode afetar diretamente o mercado de exportação de madeira brasileira. A medida prevê ações para estimular a produção doméstica de madeira em tábua e dificultar as importações, incluindo uma investigação conduzida pelo Departamento de Comércio para avaliar os possíveis impactos das importações na segurança nacional.

Foto: Foto: Reprodução/The White House

Presidente Donald Trump

A iniciativa pode atingir grandes exportadores como Brasil, Canadá e Alemanha, considerados responsáveis por inundar o mercado americano com produtos a preços competitivos. Sob a liderança do secretário de Comércio, Howard Lutnick, as investigações se basearão na Seção 232 da Lei de Expansão do Comércio, de 1962, a mesma utilizada anteriormente para justificar tarifas sobre o aço e o alumínio. Entre os produtos que podem ser impactados estão itens derivados de madeira serrada, como móveis e armários.

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Embora ainda não exista uma definição oficial, Trump já sinalizou a possibilidade de impor uma tarifa de 25% sobre esses materiais. A medida, segundo o governo norte-americano, visa reduzir a dependência externa, que é vista como um risco econômico e à segurança nacional, especialmente devido ao uso desse material pelas forças armadas. Além da investigação, Trump assinou uma ordem executiva para acelerar processos de licenciamento para projetos florestais e aumentar a oferta de madeira no mercado interno.

A Casa Branca destacou que a medida também busca reduzir os custos de construção e habitação, além de prevenir incêndios florestais e melhorar o habitat de espécies ameaçadas. Um alto funcionário do governo, que falou sob anonimato, afirmou que a ação é uma resposta ao "despejo" de madeira internacional que, segundo ele, prejudica a prosperidade econômica dos EUA. Caso a tarifa seja confirmada, ela representará mais um golpe nas exportações brasileiras, que já foram impactadas recentemente pela imposição de taxas sobre o aço e o alumínio.

Fonte: Correio Braziliense