Pesquisa aponta que 65% dos brasileiros apoiam fim da escala 6x1 no trabalho
Projeto da deputada Erika Hilton visa substituir 6x1 por jornada 4x3 e apoio é crescente
Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (10), revela que 65% dos brasileiros são a favor da redução da jornada de trabalho, especificamente o fim do regime de trabalho 6x1. Realizada pela agência de dados Nexus entre os dias 10 e 15 de janeiro, a pesquisa entrevistou duas mil pessoas presencialmente em todas as 27 Unidades da Federação. Os dados mostram que apenas 27% dos entrevistados se opõem à mudança, enquanto 5% permanecem neutros e 3% não souberam opinar.

O apoio à mudança é especialmente forte entre os jovens. A pesquisa indica que 76% dos entrevistados entre 16 e 24 anos são favoráveis ao fim da escala 6x1. A aprovação diminui gradativamente com a idade, com 69% de apoio entre aqueles de 25 a 40 anos, 63% na faixa de 42 a 59 anos, e 54% entre os brasileiros com 60 anos ou mais. Esses dados refletem uma mudança de mentalidade em relação ao equilíbrio entre trabalho e vida pessoal na sociedade brasileira.
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Além do apoio à diminuição da carga horária, a pesquisa também investigou a relação entre jornada de trabalho e produtividade. 55% dos brasileiros acreditam que a redução das horas trabalhadas aumentaria a produtividade, enquanto 20% pensam que teria o efeito oposto. Entre os que acreditam no aumento da produtividade, 67% são jovens de até 24 anos. Essa percepção de que menos horas de trabalho podem resultar em maior eficiência é um dos principais argumentos a favor da mudança.
A proposta para acabar com a escala de 6x1 foi apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSol/SP), que protocolou uma proposta de emenda à constituição (PEC) na Câmara. A proposta, que visa substituir a jornada atual por um regime de 4x3 (quatro dias de trabalho e três de folga), já conta com o apoio de parlamentares de diferentes estados e partidos. Hilton ressalta que a proposta deve ser discutida sem que haja redução salarial para os trabalhadores, enfatizando a necessidade de um ambiente de trabalho mais flexível e humano.
Fonte: Correio Braziliense