BNDES e Ministério do Meio Ambiente abrem consulta sobre certificação de carbono
Iniciativa busca diversificar e fortalecer o mercado de certificação de créditos de carbono no Brasil
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) lançaram uma consulta pública para discutir e aprimorar o mercado de certificação de créditos de carbono no Brasil. O anúncio aconteceu na última terça-feira (11) em Brasília (DF), e contou com as presenças do diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, Nelson Barbosa, e do secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco.

Atualmente, 97% das certificações de créditos de carbono no Brasil são realizadas por apenas duas certificadoras internacionais, ambas sem fins lucrativos, o que limita a diversificação do mercado, encarece os processos e pode dificultar a adaptação dos critérios às particularidades dos biomas e projetos brasileiros.
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Os créditos de carbono são instrumentos financeiros criados para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Empresas e países que poluem além do limite permitido podem comprar créditos de quem conseguiu reduzir suas emissões, compensando assim seus impactos ambientais. Para que o sistema funcione de maneira transparente, é necessário um mercado confiável de certificação, garantindo que os créditos sejam legítimos e realmente representem uma redução de emissões.
A expectativa é que a demanda por créditos de carbono aumente nos próximos anos, à medida que as metas ambientais globais se tornam mais rigorosas. O Brasil, com sua grande cobertura florestal e potencial de projetos sustentáveis, tem a oportunidade de se tornar um grande fornecedor desse tipo de crédito. No entanto, para isso, é necessário um mercado mais estruturado e diversificado de certificação.
Para Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, a ideia é criar um ambiente mais favorável para certificadoras nacionais, permitindo que o Brasil desenvolva regras próprias que atendam às suas necessidades ambientais e socioeconômicas.
Já o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, destacou que a expansão do mercado de carbono pode impulsionar ações de restauração florestal, conservação ambiental e desenvolvimento sustentável, além de gerar novos empregos verdes e oportunidades para comunidades locais envolvidas em projetos ambientais.
A consulta pública pode ser acessada no site oficial do BNDES, onde qualquer pessoa ou instituição interessada pode enviar sugestões até o dia 25 de abril. A participação da sociedade será fundamental para a formulação de um mercado mais robusto, confiável e alinhado com os desafios climáticos do Brasil e do mundo.
Mais informações estão disponíveis no https://www.bndes.gov.br/consultapublicacertificacao.
Fonte: BNDES
Fonte: BNDES