Taxa de desemprego sobe para 6,8% no Brasil, mas rendimento médio atinge recorde

Trimestre encerrado em fevereiro mostra 7,5 milhões desempregados e aumento de salários

Por Dominic Ferreira,

A taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, representando um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, que terminou em novembro com 6,1%. Apesar dessa elevação, este índice ainda é o menor já registrado entre os trimestres que se encerram em fevereiro, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28).

Foto: Reprodução | Marcelo Camargo | Agência BrasilCarteira de trabalho
Carteira de trabalho

O número de desocupados aumentou 10,4% em comparação ao trimestre anterior, alcançando 7,5 milhões de pessoas. No entanto, esse montante é 12,5% menor do que o registrado no mesmo período de 2024. A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, explicou que a alta é parte do padrão sazonal da Pnad, que mostra uma tendência de aumento na busca por trabalho nos primeiros meses do ano. Por outro lado, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado alcançou um novo recorde, totalizando 39,6 milhões, segundo os dados.

A taxa de informalidade teve uma leve redução, caindo para 38,1% da população ocupada, em comparação aos 38,7% do trimestre encerrado em novembro. O número de trabalhadores informais é de 39,1 milhões, enquanto a ocupação no setor público recuou 3,9% no trimestre, mas cresceu 2,8% em relação ao ano, somando 12,4 milhões.

Um dado positivo é que o rendimento médio dos trabalhadores atingiu R$ 3.378, um recorde na série histórica, com um aumento de 1,3% no trimestre e de 3,6% no ano, já descontada a inflação. Essa alta foi impulsionada pelos aumentos salariais em setores como indústria, administração pública, saúde e serviços sociais. Apesar da redução no número total de pessoas empregadas, a massa de rendimento real habitual, que representa a soma dos rendimentos de toda a população ocupada, alcançou R$ 342,0 bilhões, estabelecendo um novo recorde histórico.

Fonte: Correio Braziliense

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